A presidente Dilma Rousseff se reúne nesta segunda-feira (5) com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, em Hannover. O principal tema da conversa é a crise econômica internacional. Na semana passada, Dilma condenou a ação dos europeus na tentativa de conter os efeitos da crise. Merkel disse que vai tentar mostrar à presidente que os europeus se esforçam para impedir o agravamento da crise. As duas têm reunião privada e jantam juntas.
Na conversa com Merkel, que é a principal líder das negociações na União Europeia (UE) em busca de soluções para evitar o agravamento da crise, Dilma deve mencionar os impactos do problema no Brasil e no mundo. Ambas também examinarão o aprofundamento do acordo de parceria estratégica definido em 2002.
A presidente e a chanceler também devem conversar sobre educação, ciência, tecnologia e inovação, além de desenvolvimento sustentável, energia e infraestrutura, assuntos centrais na cooperação bilateral. Nas reuniões, Dilma deve ressaltar as expectativas em torno da Conferência Rio+20, em junho no Rio de Janeiro, a atuação do G20 (que reúne os países mais ricos do mundo) e a reforma das instituições políticas e econômicas de governança global.
Paralelamente, a Alemanha vive um momento delicado em sua política interna. No último dia 17, o então presidente da Alemanha Christian Wulff - que tem funções administrativas - renunciou ao cargo, após ser denunciado pelo Ministério Público por corrupção. O nome de consenso para sucedê-lo é Joachin Gauck, candidato da coligação de maioria governista.
Dilma chegou no domingo (4) à Alemanha, onde fica até terça-feira (6). A presidente participa da inauguração da Feira Internacional de Tecnologia de Informação, Telecomunicações, Software e Serviços (Cebit). Ela está acompanhada por ministros e uma delegação de empresários, em um total de 200 pessoas.
A presidente também participa da Cebit, cujo tema neste ano é o Brasil. São mais de 4.200 expositores de 70 países. A estimativa é que cerca de 350 mil pessoas visitem a feira, que deve abrir oportunidades de negócios para empresas produtoras de tecnologias de informação e comunicação. O Brasil é o sexto maior mercado consumidor dessas tecnologias no mundo.
A Alemanha é o quarto principal parceiro comercial do Brasil. O volume de comércio entre os dois países superou US$ 24 bilhões em 2011, o que corresponde a aumento de 17,6% em relação ao ano anterior.
Os alemães estão entre os principais parceiros do programa Ciência sem Fronteiras. O programa põe em prática a busca pela convergência das vertentes econômica e científico-tecnológica das relações bilaterais. Até 2014, mais de 10 mil bolsistas brasileiros estudarão em instituições alemãs, segundo cálculos do governo.
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