A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, afirmou nesta quinta-feira (29) em Nova Délhi que no mundo é "possível e prioritário" o crescimento com geração de emprego e distribuição de renda.

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Dilma participou da 4º Cúpula do grupo Brics, que reúne os líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e aproveito para fazer um chamado em prol do "crescimento equilibrado".

"Com este grupo devemos criar um novo paradigma, baseado na inclusão social, no respeito ao meio ambiente e no crescimento econômico", afirmou Dilma à imprensa após a reunião.

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Dilma lembrou que os países do grupo foram os motores do crescimento mundial e que representam a esperança de uma ordem "mais justa, sustentável e multilateral".

Mas também demonstrou preocupação pelos efeitos que os problemas da crise econômica europeia podem trazer ao seu país.

Conforme a presidente brasileira, as reformas econômicas e os reajustes monetários são importantes, mas não suficientes, e para que sejam eficazes é preciso combiná-los com "a volta do crescimento".

"Para isso precisamos fundamentar o crescimento equilibrado, o investimento e o consumo. Aumentar a segurança econômica e social. E também precisamos de uma balança comercial equilibrada", afirmou.

Dilma fez as declarações à imprensa na presença de seu anfitrião, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e os presidentes da China, Hu Jintao; da África do Sul, Jacob Zuma; e da Rússia, Dmitri Medvedev.

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"O sistema internacional já não tem relações de subordinação", declarou a presidente do Brasil na sessão plenária.

A presidente brasileira se mostrou a favor de uma resposta multilateral à crise, e de uma via negociada para resolver o problema com Irã por causa de seu programa nuclear.

Ao contrário dos demais convidados, a presidente brasileira aproveitará sua presença na capital indiana para fazer sua primeira visita de Estado ao país asiático, após a conclusão da cúpula.

Durante o encontro, os países participantes assinaram dois acordos relativos ao reconhecimento mútuo de letras de crédito e a possibilidade de fechar empréstimos em moedas locais.

Os países Brics agrupam, de acordo com a organização, 43% da população mundial e em torno de 25% da riqueza econômica do planeta.

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