A ministra Dilma Rousseff disse neste domingo (11), em Belém, ser uma "questão de honra" para o governo federal a instalação de uma siderúrgica da Vale no Pará, que recebeu pressão do presidente Lula e da governadora do Estado, Ana Julia Carepa (PT), para não apenas tirar o minério de ferro, mas agregar valor ao empreendimento.

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"Quando se fala em siderúrgica aqui, se fala para exportar", frisou, ao observar que uma parte da produção poderá gerar, no Pará, uma cadeia de fornecedores para a indústria de petróleo tanto na agregação de valor final como no estaleiro. "Acho que o Pará não pode abrir mão dessa vocação", acrescentou. "Estamos conscientes dela".

A ministra informou que o presidente vai exigir, nas próximas licitações da Petrobras, "que cada vez mais se descentralize as oportunidades de investimento". "Por isso esse primeiro passo da siderúrgica é tão importante". Ao comentar que o Pará é o lugar do mundo que talvez tenha o melhor minério de ferro, defendeu que o segundo passo será o de construir essa cadeia produtiva, com uma refinaria e um estaleiro, "fazendo daqui um lugar completamente diferenciado". Indagada se o governo federal acompanha a mudança na direção da Vale, ela disse não haver interferência do governo. "Não é questão do governo, é uma questão de grupos privados".

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Segundo a ministra, o Pará é a grande reserva hidrelétrica desse País, que produz biodiesel a partir da palma e tem grande potencial inexplorado. "Não é possível falar do Brasil nos próximos anos sem colocar o Pará no centro da conversa", complementou a ministra. "O Brasil só vai crescer se o Pará tiver um desenvolvimento sustentável, se o Pará incluir seus milhões de habitantes".