Não há "a menor possibilidade" de os estaleiros do Brasil ficarem sem contrato para a produção, disse nesta sexta-feira a presidente Dilma Rousseff, durante inauguração de uma plataforma da Petrobras.
A presidente, que participou na cidade gaúcha de Rio Grande da cerimônia de conclusão da plataforma P-58, garantiu que não faltarão empregos na indústria naval brasileira.
Segundo a presidente, a alta demanda do setor de petróleo nos próximos anos, principalmente por conta da exploração na camada pré-sal, vai garantir a atividade e os empregos no setor.
"Quero garantir uma coisa para vocês, e eu não garanto coisas que eu acho que não são possíveis de ser feitas... é impossível que haja algum risco de não haver contratos para produção de equipamentos e navios", disse Dilma. "Não há a menor possibilidade de não haver empregos na indústria naval do Brasil", completou.
A presidente disse a uma plateia formada por trabalhadores do Estaleiro Rio Grande que o governo e a Petrobras se comprometem a planejar a construção de plataformas, mas pediu que os trabalhadores se comprometessem em entregar as unidades de produção no prazo.
"A dificuldade vai ser outra, não é essa (falta de contratos para produção). A dificuldade é que nós temos de ser capazes de produzir com prazo e qualidade esses navios, essas plataformas, esses FPSOs (plataformas flutuantes), essa é a dificuldade. Nós vamos ter de dar conta", disse.
Segundo a Petrobras, a P-58 será instalada no Campo de Baleia Azul, na Bacia de Campos, a 85 quilômetros da costa do Espírito Santo, e tem capacidade para produzir 180 mil barris de petróleo por dia e 6 milhões de metros cúbicos diários de gás.
A plataforma, que deve entrar em operação ainda neste ano, contribuirá para a elevação da produção de petróleo da estatal e para o cumprimento da meta de chegar à produção de 2,75 milhões de barris por dia até 2017.
A P-58 integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e é uma das nove unidades de produção que a Petrobras instalará ainda neste ano.
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