A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (30) que o país pode iniciar um ciclo de redução da taxa básica de juros. Com a ressalva de que esse processo pode ter início dentro "do que for possível", Dilma salientou que se a situação financeira internacional ficar ainda mais grave o Brasil poderá aproveitar das oportunidades que surgirem nesse cenário. "Vamos trabalhar (para reduzir juros) dentro do possível", disse.
Dilma participou do fórum Exame, que reuniu em São Paulo empresários de diferentes setores. A presidente foi aplaudida no momento em que abriu uma chance para a redução dos juros no país. Cautelosa, lembrou que a crise e as oportunidades sempre andaram juntas. "Essa é a nossa hora de oportunidades, não para aproveitar do sofrimento de ninguém, mas para construir e ocupar o lugar que merecemos", disse a presidente, destacando que a crise pela qual passam os países desenvolvidos "ameaça todo o mundo".
Segundo ela, os problemas podem ser decorrentes das reduções da demanda e da renda internacional, o que afetaria vários segmentos. De acordo com Dilma, o país está em situação diferente, principalmente por conta de suas reservas. Atualmente, os cofres brasileiros têm US$ 420 bilhões em depósitos compulsórios. Ainda assim, ela procurou ser cuidadosa com as palavras.
"Não pensamos que estamos numa ilha isolada e isso (a crise) não vai nos atingir. Estamos alertas porque sabemos que a redução do ritmo de atividade e de emprego geralmente são acompanhados do processo recessivo. Mas temos coragem e ousadia para atuar de forma prudente".
Ela destacou também que o Brasil não pode ser apenas um país produtor de matérias-primas, mas deve também impulsionar o setor industrial. Para isso, citou o exemplo das regras de uso de conteúdo nacional na indústria de petróleo e o ressurgimento da indústria naval.
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