Dilma Rousseff, presidente do Brasil, voltou a criticar o protecionismo dos países desenvolvidos durante a abertura da Cúpula América do Sul-Países Árabes(Aspa), que acontece em Lima, no Peru| Foto: AFP PHOTO/ERNESTO BENAVIDES

A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (02) que países desenvolvidos praticam protecionismo disfarçado ao reduzir exportações de países em desenvolvimento. Dilma criticou, mais uma vez, as políticas fiscais e de austeridade adotadas por países ricos, que não estariam sendo eficazes para combater problemas como o elevado desemprego, e estariam tornando estas nações "artificialmente mais competitivos".

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"O efeito cumulativo dessas políticas monetárias expansionistas conjugadas a uma exagerada austeridade exporta a crise para o resto do mundo e não resolve os graves problemas dos países desenvolvidos, como o desemprego galopante e a desesperança", disse Dilma, durante a abertura da Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa), em Lima.

"O acesso a nossos mercados é, pois, extremamente facilitado por essas políticas de desvalorização das moedas. Um protecionismo disfarçado se impõe ao se reduzir as exportações dos nossos países em desenvolvimento", disse a presidente.

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A presidente Dilma tem sido contundente nas críticas às políticas fiscais e as medidas de austeridade adotadas pelos países desenvolvidos, e já declarou que até o momento não conseguiram oferecer uma resposta adequada à crise.

Ao mesmo tempo, a presidente defende as medidas de "defesa comercial" que vem tomando para fazer frente à crise mundial e que já foram tachadas de protecionistas pelos Estados Unidos, depois que o Brasil anunciou a elevação de tarifas de importações.

Em discurso na ONU, na semana passada, Dilma afirmou que não se pode aceitar que medidas legítimas de defesa comercial adotadas pelos países em desenvolvimento sejam classificadas "injustamente" como protecionismo.