A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (27) que o Brasil possui "mecanismos para enfrentar a crise" e disse que o governo vai "usá-los sem nenhuma restrição".
Dilma, no entanto, disse que é importante que a União tenha "consciência que a situação internacional é diferente" e que o governo não pode promover "aventuras fiscais", nem "brincar à beira do precipício".
"Não podemos ter a soberba de achar que podemos brincar à beira do precipício ou tomar medidas que seriam mais fáceis em tempos normais. Aventuras fiscais é a gente se comportar como se não tivesse acontecendo nada", afirmou Dilma durante discurso na cerimônia de lançamento do Programa de Compras Governamentais.
"Nós não nos amedrontarmos mas não podemos fingir que nada está acontecendo", explicou a presidente.
A presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil vai tomar as medidas necessárias para proteger a produção e os empregos no país.
"O Brasil será um dos países que resistirá a essa crise porque nós escolhemos um modelo de desenvolvimento que repousa sobretudo, sobre a força da economia brasileira, do mercado interno brasileiro, do empreendedorismo dos empresários brasileiros, e a força dos trabalhadores e trabalhadoras do país", disse Dilma.
Para a presidente, a política de compras anunciada hoje faz parte das ações do governo federal para enfrentar a crise internacional: "É sobretudo uma afirmação de que temos mecanismos para enfrentar a crise e vamos usá-los sem nenhuma restrição".
Crise econômica
Em seu discurso, a presidente afirmou que a crise da zona do euro hoje é mais complexa do que o cenário econômico de 2008/2009. Para Dilma Rousseff, a crise atual terá uma duração mais longa e, por isso, exigirá mais medidas.
"Essa combinação entre crise da dívida bancaria e da dívida soberana dos países é uma situação mais complexa do que a situação de Lehman Brothers. A crise do euro tem uma duração mais longa, sendo mais crônica e necessitando de mais medidas para ser solucionada", afirmou.
A presidente Dilma Rousseff afirmou que o país vai enfrentar a crise com otimismo e disse que a situação do Brasil é bastante confortável.
"Nós praticamos um modelo que desenvolveu bases sólidas, está fincado em pés brasileiros. Nós fizemos um processo que expandiu o mercado interno e esse processo dá grande densidade à capacidade do país de, com as suas forças, responder à crise. [...] A situação do Brasil é bastante confortável", afirmou a presidente.
- Governo reduz TJLP para 5,5% ao ano, dos atuais 6%
- Governo injeta R$ 8,43 bi na economia com compra de equipamentos
-
Segurança pública: estados gastam menos com armas para investir em mais tecnologia
-
“Taxad”: os impostos que já subiram desde o início do governo Lula 3
-
Sanções de Trump contra Moraes seriam possíveis, mas pouco prováveis
-
Pressão popular faz esquerda recuar nos EUA e no Brasil; acompanhe o Sem Rodeios
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast