Em declaração conjunta, depois de reunião no Palácio do Planalto a presidente Dilma Rousseff e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, criticaram os empresários dos dois países que estariam dificultando os esforços de integração, com guerras comerciais. Elas fizeram um apelo para que haja mais esforço para um entendimento.
"É preciso resolver as pendências e ampliar o diálogo para que haja uma efetiva integração do setor privado. Não pode haver incompatibilidades, porque ambos perdem", disse a presidente argentina. Ela disse que a única incompatibilidade entre Brasil e Argentina é no futebol. "É a única coisa que nos divide. Ainda bem que ambos ficamos fora da Copa América. Senão essa integração agora ficaria impossível", brincou.
Cristina lembrou que a inauguração da nova embaixada da Argentina no Brasil, nesta sexta-feira, projeto cuja pedra fundamental foi lançada por seu marido, o ex-presidente Nestor Kirchner, é um símbolo da importância do seu país ao Brasil. "A União também precisa ser medida por resultados. E é isso que estamos buscando agora com a integração", afirmou.
Dilma também defendeu que Brasil e Argentina adotem ações conjuntas para proteger a economia dos dois países da liquidez excessiva que valoriza artificialmente as moedas. Dilma criticou a avalanche de produtos manufaturados importados, que não encontram mercado nos países desenvolvidos e atingem os empregos e a indústria nos países em desenvolvimento, como os da América do Sul.
Dilma enfatizou que a Argentina e o Brasil estão no rumo certo, ao contrário de outras partes do mundo que estão mergulhadas no caos, dominadas pela recessão, o desemprego, a crise financeira e fiscal "e sobretudo pela imobilidade política na resolução dos desafios que têm pela frente". Dilma também manifestou apoio à causa histórica da Argentina, na luta pela soberania das ilhas Malvinas. Cristina agradeceu.
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