Brasília A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que não há como a economia do país crescer 5% sem que ocorra uma importante redução no custo do capital, principalmente o de longo prazo. "Ninguém vai investir em um empreendimento de 30 anos com uma taxa de juros muito alta", observou ela durante entrevista ao programa Espaço Aberto, da TV Globo News.
Segundo Dilma, o Brasil já teria todas as precondições macroeconômicas para praticar juros menores. E cobrou: "Nós podemos esperar, no próximo ano, uma redução significativa das taxas de juros", disse a ministra, em aparente resposta à ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que nesta quinta-feira voltou a citar o termo "parcimônia" no ritmo de queda de juros.
O último corte na taxa básica da economia brasileira, a Selic, decidido na última reunião do Copom, em novembro, foi de 0,5 ponto porcentual. A ata do encontro sugere que o próximo corte pode ser de apenas 0,25 ponto porcentual.