O novo salário mínimo será de R$ 788 em 2015, segundo decreto da presidente Dilma Rousseff publicado ontem no Diário Oficial da União. O valor é menor do que o utilizado pelo Congresso Nacional na elaboração do Orçamento de 2015. Deputados e senadores trabalhavam com um mínimo de R$ 790.

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Essa diferença de R$ 2 proporcionará uma economia de R$ 752,8 milhões ao Tesouro Nacional em comparação com o estimado pelo Legislativo, segundo cálculos do consultor da Câmara dos Deputados Leonardo Rolim.

O valor fixado ontem por Dilma é, inclusive, ligeiramente inferior ao previsto pelo próprio governo em agosto deste ano, quando a proposta do Orçamento de 2015 foi enviada ao Congresso. Na ocasião, o valor havia sido fixado em R$ 788,06.

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O novo piso salarial de 2015, porém, ainda é provisório, lembrou Rolim, ex-secretário do Ministério da Previdência Social. Isso porque o valor é reajustado conforme o crescimento da economia de dois anos atrás, acrescido da variação da inflação deste ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Esse indicador ainda não está apurado. Por isso, o governo usou uma estimativa de 6,45% para o cálculo do mínimo. Mas, se esta se revelar inferior ao resultado, o novo salário será recalculado.

Rolim disse, ainda, que, mesmo trabalhando com um mínimo mais robusto, os cálculos do Congresso para as despesas atreladas ao piso salarial ainda estavam subestimados. Especialistas apontam que o governo, ao construir sua proposta de Orçamento para 2015, puxou para baixo a estimativa de diversos gastos e exagerou na expectativa de arrecadação, para conseguir fechar as contas.