A usina hidrelétrica de Estreito, localizada na divisa do Maranhão e Tocantins, foi inaugurada nesta quarta-feira (16) pela presidente Dilma Rousseff, após um gasto de R$ 5 bilhões na obra. A capacidade instalada é de 1.087 MW, suficiente para atender a demanda de uma cidade com 4 milhões de habitantes, mas a energia média gerada é de 641,1 MW.

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A obra foi iniciada em 2007 e começou a gerar energia no ano passado. Agora, foi concluída a oitava turbina e, com isso, finalizada a hidrelétrica. O investimento no projeto foi dividido entre as empresas Tractebel/GDF Suez (40,07%), Vale (30%), Alcoa (25,49%) e InterCement do grupo Camargo Correa (4,44%). As empresas terão a concessão da hidrelétrica por 35 anos.Em discurso, a presidente Dilma Rousseff afirmou que, após esse período, sua operação poderá voltar às mãos do governo. "O correto é devolver à população, porque ela é que paga por essa obra", disse.

De acordo com o Consórcio Estreito Energia, foram gerados 36 mil empregos diretos e indiretos durante a obra.A presidente afirmou ainda que é graças ao investimento em hidrelétricas que o governo federal poderá reduzir a tarifa de energia em 20% no próximo ano.Ela deixou a cidade após a inauguração sem dar entrevista.

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Pesca na usina

Durante o evento, a presidente também disse que vai lançar, até o fim deste mês, um projeto para o desenvolvimento da pesca em lagos de hidrelétricas. "Vamos esperar passar o período eleitoral e vamos lançar um projeto nacional de estímulo ao desenvolvimento da pesca. O objetivo é promover a inclusão social e permitir a distribuição de renda", disse.Ela não deu detalhes do projeto, mas disse que o objetivo é replicar o modelo aplicado na agricultura familiar.

O plano do governo será coordenado pelo ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, que também participou a inauguração da usina. Outra meta do governo é reduzir a resistência de comunidades afetadas pela construção de barragens. Dilma disse que quer envolver o Movimento de Atingidos por Barragem no projeto.