A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que hoje comanda o Novo Banco de Desenvolvimento – também conhecido como “Banco do Brics” – cobrou nesta terça (22) mais investimentos nos países do chamado “Sul global”. A cobrança foi feita durante o primeiro dia da cúpula do bloco econômico que reúne 36 países na cidade russa de Kazan.
Dilma participou da reunião como representante do banco em si, que tem o Brasil como investidor, e afirmou que os investimentos feitos até agora nos países em desenvolvimento têm sido insuficientes para ajudar no crescimento das economias.
“Vivemos um momento em que os países do Sul global têm necessidades financeiras bastante elevadas, e sabemos também que há dificuldades para este financiamento. Tivemos um investimento bastante elevado, mas não suficiente para as necessidades dos países Brics”, disse Dilma em uma reunião que teve também a participação do presidente russo Vladimir Putin.
Dilma Rousseff também defendeu a criação de uma moeda própria e independente do dólar para utilizar nas transações comerciais entre os países que formam o Brics, um pleito defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde o começo do governo.
“É tão importante o financiamento em moeda local através de plataformas específicas”, pontuou.
A cúpula do Brics discute ainda, entre outros temas, a adesão de mais países como convidados em um primeiro momento sem poder de veto. Pelo menos 30 nações já mostraram interesse, mas alguns deles com com regimes políticos variados, como as ditaduras da Venezuela e da Nicarágua – dois países sensíveis para Lula, que chegou a defender seus líderes e foi hostilizado depois.
Lula, no entanto, decidiu não viajar a Kazan por causa do acidente doméstico que sofreu no último sábado (19). Ele deve participar através de videoconferência, mas ainda não há nada confirmado por conta do fuso horário e de toda a preparação necessária – seria ainda pela madrugada.
Por outro lado, Lula deve conversar com Putin ainda nesta terça (22) por telefone, mas a pauta não foi divulgada.
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