Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
VOTAÇÃO

Dilma mobiliza base contra indexação de política do salário mínimo à Previdência

A presidente Dilma Rousseff determinou nesta terça (23) que sua base aliada no Congresso tente barrar a aprovação de emendas que pretendam indexar a política de reajuste do salário mínimo ao pagamento de aposentadorias e pensões da Previdência Social.

De acordo com o ministro da Previdência, Carlos Gabas, dar aval a uma proposta nesse sentido coloca “em alto risco” as contas do sistema previdenciário. Se estivesse valendo, continuou o ministro, o impacto da medida neste ano seria de R$ 4,6 bilhões.

Gabas deu o alerta depois que a articulação política do Palácio do Planalto diagnosticou que a Câmara pode votar, ainda nesta semana, a Medida Provisória 672, que estende até 2019 a fórmula atual de correção do salário mínimo. Essa fórmula leva em conta a inflação dos últimos 12 meses mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

Há emendas nessa proposta que visam aplicar o cálculo para todo o Regime Geral da Previdência Social. Como os pensionistas que recebem um salário mínimo já têm seus benefícios reajustados com base nessa fórmula, uma indexação afetaria quem ganha acima desse valor.

A preocupação do Planalto com essa votação é grande, tanto que a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião na tarde desta terça com Gabas e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento).

“Vamos esclarecer o impacto e pedir que não votem isso”, afirmou Gabas. Ele lembrou que os participantes da Previdência que ganham mais do que um salário mínimo já recebem uma reposição com base na inflação.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros