A presidente Dilma Rousseff prometeu ajudar o novo diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, a destravar a rodada Doha de liberalização do comércio internacional.
Ela afirmou que o embaixador poderá contar com o "forte compromisso" do Brasil para conseguir avanços na conferencia de Bali, em dezembro.
"O desafio de pôr as negociações de volta nos trilhos e de revigorar a OMC é importante", afirmou Dilma, em mensagem lida pelo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo.
"Você pode contar com o forte compromisso do Brasil com a OMC economia o multilateralismo como um instrumento para promover a prosperidade e o desenvolvimento de todas as nações", acrescentou a presidente. Figueiredo veio a Genebra participar da primeira reunião do Conselho Geral da OMC sob o comando de Azevêdo. Em discurso, o ministro prometeu "amplo apoio" do Brasil à gestão do embaixador e disse que o destravamento da rodada Doha é "urgente".
"O avanço nas negociações de Bali tem que ser buscado como a tarefa mais urgente que nós temos diante de nós", disse.
Previsão
A OMC reduziu mais uma vez, de 3,3% para 2,5%, a previsão de crescimento do comércio internacional em 2013. A revisão foi anunciada hoje por Azevêdo. Ele atribuiu o pessimismo à demora na retomada da economia europeia. "A recuperação europeia foi mais demorada do que nós esperávamos", disse.
A OMC também abaixou a previsão de crescimento do comércio internacional em 2014, de 5% para 4,5%. Em abril, a entidade já havia reduzido a estimativa original para 2013, que era de 4,5%.
Rodada Doha
Em entrevista a Folha de S.Paulo, Roberto Azevêdo, reduziu as expectativas para seu primeiro teste no cargo: a conferência de Bali, na Indonésia, em dezembro. Segundo ele, não há possibilidade para finalizar a negociação da Rodada Doha, que liberalizaria o comércio entre os 159 países da OMC e se arrasta há 12 anos.
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