A presidente Dilma Rousseff reagiu com bom humor e brincadeiras as ironias de um dos blogs do jornal britânico Financial Times sobre o baixo crescimento da economia brasileira. O texto coloca a presidente e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, como personagens centrais de um conto de fim de ano. Nele, Dilma é uma rena apelidada de Roussolph e Mantega é chamado de Guido, o Elfo Adivinhão, por causa das previsões não confirmadas para o crescimento. A presidente aproveitou para avisar que Mantega continua no governo e só sai, "se ele quiser".
Ao comentar o texto do blog britânico, Dilma rejeitou a previsão de que o México será o condutor do trenó do crescimento nas Américas. "Vai querendo", reagiu Dilma, ao ser questionada se achava que o Brasil poderia perder a preponderância da economia da região para os mexicanos. O conto começa com o Papai Noel avisando a todos que a equipe do trenó será a mesma do ano passado, com exceção do representante da América Latina. "Será Peña Nieto (presidente do México), que assume o lugar de Roussolph."
Em café da manhã com jornalistas, ao ser questionada sobre a sátira, a presidente disse que achou "estranho" ela ser a rena da história. "Aqui no Brasil nem tem rena", brincou, comentando que preferia ter sido caracterizada como "um anãozinho".
Ao contrário da reação furiosa que teve no início do mês, quando reagiu com veemência às críticas à economia brasileira, ao baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), e ao pedido de demissão do ministro Mantega, publicados pela revista britânica The Economist, a presidente mostrou-se à vontade para comentar a sátira do Papai Noel. "Não se incomodem com isso. A rena é bem engraçadinha", comentou. Em meio à descontração, a presidente fez questão de frisar que não há "a menor hipótese" de Mantega deixar o governo. "A não ser que ele queira", ressalvou Dilma, embora desconversando sobre mudanças em seu ministério. "Posto que sou eu quem decide, não tem a menor hipótese de ele sair do governo."