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Dinheiro bloqueado na pior hora possível

Umuarama - A mudança inesperada no número do PIS tem prejudicado cerca de 60 trabalhadores por semana somente em Umuara­ma, na Região Noroeste do estado, segundo a agência regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) da cidade. O desempregado Josias de Almeida descobriu a troca no seu número de PIS na semana passada, quando tentou sacar a parcela do seguro-desemprego. Ele viajou 40 quilômetros de ônibus de Eliza, distrito de Xambrê, até Umuarama apenas com o dinheiro da passagem, porque tinha a certeza de voltar com o dinheiro do benefício. Mas, ao chegar à agência da Caixa, foi informado sobre o bloqueio do seu dinheiro e orientado a procurar o MTE.

Na agência do ministério, Almeida foi informado da alteração no número do seu PIS. Para tentar resolver o problema, ele precisou entrar com um recurso para validar apenas o número novo e cancelar o anterior. O desempregado ficou tenso ao saber da situação e chegou a chorar, alegando que não tinha dinheiro para voltar para casa, muito menos para pagar as contas de mercado e a prestação de uma moto que já estava vencida. Para voltar para casa, ele contou com a solidariedade de um funcionário do MTE, que lhe emprestou R$ 10.

A vendedora Gisele Rodri­gues também enfrentou a mesma situação quando foi receber seu seguro-desemprego. A primeira parcela estava agendada para ser paga no dia 24 de março, mas até agora ela não a recebeu porque seu PIS foi alterado e a Caixa não liberou o pagamento.

"É assim a semana toda. Algumas pessoas ficam desesperadas porque vêm para Umua­rama com o pagamento programado e na certeza de que vão receber o dinheiro. Isso sem contar as pessoas que ficam nervosas contra os servidores", relata o agente do MTE em Umuarama, Pedro Forte. Segundo ele, o recurso demora em média 40 dias para tramitar. Com isso, o trabalhador que já está na espera pelo seguro-desemprego precisa aguardar um pouco mais para poder sacar o benefício.

A agência do MTE de Umuara­ma tem recebido reclamações de pessoas de várias cidades da região e até de outros estados. Forte afirma que o problema não está restrito à região de Umuarama e atinge todas as categorias nas carteiras com registros de até seis salários mínimos. O desafio tem sido descobrir quem está gerando novos números de PIS para os trabalhadores. "Nem a gente sabe explicar aos trabalhadores o culpado pelo problema.", afirma.

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