O governo estuda outra alteração no cálculo do déficit da Previdência. A idéia é abater do rombo parte da arrecadação com a CPMF que deveria ir para o caixa do INSS mas que, atualmente, não vai. A medida depende apenas de normas da Secretaria de Previdência Social.
Reportagem de O GLOBO publicada nesta quarta-feira mostra que o Brasil ocupa a 14ª posição entre os países que mais gastam com aposentadorias e pensões em todo o mundo, em proporção ao Produto Interno Bruto (PIB). O ranking mostra que o Brasil, com uma população relativamente jovem - mas em processo de envelhecimento - já gasta mais que países ricos como Suécia, Holanda e Grã-Bretanha, que têm um contingente muito maior de idosos e oferecem um sistema de bem-estar e assistência social mais abrangente.
Reportagem do jornal "Valor" desta quarta-feira mostra que o déficit do regime de previdência do servidor público atingiu R$ 35,13 bilhões em 2006, com crescimento de 6,5% sobre 2005 (R$ 32,99 bilhões). No setor público federal há 537.624 inativos e 434.333 pensionistas. Já o Regime Geral de Previdência Social teve um déficit em 2006 de R$ 42,065 bilhões, mas envolve 21,6 milhões de aposentados do setor privado.
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou que o governo não tem como abrir mão de 30% da arrecadação da CPMF para atender à demanda de projetos de Estados e Municípios .
Reunidos na segunda-feira, em Brasília, os governadores reivindicaram ao Palácio do Planalto um volume de R$ 15 bilhões em recursos. Desse montante, dois terços sairiam da CPMF .
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