Enquanto nos Estados Unidos e na Europa o leite está nas mãos de grandes produtores, no Paraná o quadro se inverte. Ao contrário do que se previa na década de 90, o número de pequenos produtores segue aumentando. E a razão desse fenômeno, que já aparece nas estatísticas de produção, "é que não existe outra atividade agrícola que garanta renda mensal como o leite", afirma Maria Sílvia Digiovani, engenheira agrônoma que acompanha o setor pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).
Os produtores agrícolas do Oeste e do Sudoeste foram responsáveis por esse fenômeno, considera. Nos últimos anos, as duas regiões ultrapassaram a bacia leiteira que tem mais amparo tecnológico, a da região de Castro, nos Campos Gerais, ainda em crescimento. Hoje, o Oeste lidera entre as regiões paranaenses produtoras de leite, com 745 milhões de litros ao ano. O Sudoeste está em segundo lugar e produz 462 milhões de litros/ano. Os Campos Gerais vêm depois, com 350 milhões de litros/ano. As três regiões fazem o leite do Paraná atingir 2,6 milhões de litros ao ano, 10% da produção nacional. (JR)



