O ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), John Forman, se despediu do cargo na noite desta quinta-feira com mais reclamações sobre a falta de recursos para que a agência faça os estudos geofísicos para o levantamento das áreas de exploração e produção de petróleo e gás que serão licitadas.
Segundo Forman, o levantamento das áreas para a Oitava Rodada de Licitações, prevista para este ano, já está garantido, mas a para os próximos leilões a agência ainda precisa de mais recursos para poder identificar que áreas colocará à venda para as empresas de petróleo.
Segundo o diretor, que deixou o cargo em cerimônia realizada na noite desta quinta-feira, no orçamento da agência já estão garantidos para este ano R$ 46 milhões, que, segundo ele, são os recursos mínimos necessários para a "sobrevivência" dos estudos. O ideal, segundo Forman, no entanto, seriam R$ 200 milhões por ano para a realização de estudos geofísicos.
- O processo de contingenciamento restringe o que colocado à disposição da agência. O Ministério de Minas e Energia solicita um valor no orçamento, aí vem o Ministério do Planejamento e modifica, vem a Fazenda e dá palpite - afirmou Forman.
O diretor da ANP disse que as áreas propostas pela ANP para serem leiloadas na Oitava Rodada deverão ser encaminhadas ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que é o órgão que autoriza o que será leiloado, até o fim do mês. Segundo o executivo, uma das bacias que deverá ter áreas oferecidas pela primeira vez é a Bacia do Rio do Peixe, área terrestre entre Pernambuco e Paraíba.
Nessa Bacia, no município de Sousa, na Paraíba, moradores da região encontraram indícios de petróleo perfurando poços artesianos em busca de água.
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