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A CPI criada no Senado para investigar os negócios da Petrobras não atrapalharão "de maneira nenhuma" os investimentos da estatal no pré-sal, afirmou nesta quarta-feira o diretor de Exploração e Produção da empresa, Guilherme Estrella.

A afirmação do diretor se choca com declarações de integrantes do governo e da base aliada ao Executivo no Senado, segundo às quais a investigação política poderá prejudicar a companhia.

O próprio presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, afirmou na terça-feira, na Bahia, que a CPI poderia desviar o foco de diretores da empresa dos projetos da companhia, que também poderia ter sua imagem arranhada.

"São planos já estabelecidos há muito tempo, são planos de longo prazo, não são planos para amanhã, de modo que não haverá nenhum tipo de interrupção dos nossos trabalhos com o pré-sal", disse Estrella a jornalistas depois de participar de audiência pública na Câmara dos Deputados, realizada para debater o plano de negócios da Petrobras.

"Os investimentos do pré-sal estão garantidos no nosso plano estratégico", acrescentou o diretor da Petrobras, referindo-se à projeção anunciada pela empresa de investir um total de 174,4 bilhões de dólares até 2013.

O executivo disse estar disponível para prestar esclarecimentos à CPI, e destacou acreditar que a Petrobras ajudará a comissão com "clareza e transparência."

Estrella disse ainda desconhecer a suposta pressão do PMDB para ocupar sua vaga na diretoria da Petrobras em troca de apoio ao governo na CPI.

"A ministra (Dilma Rousseff, da Casa Civil, também presidente do Conselho de Administração da Petrobras) disse na sexta-feira que está fora de cogitação a discussão desse assunto e que ela não sabe, desconhece qualquer tipo de pressão ou interferência", alegou.

"Eu trabalho 12 horas por dia e desconheço absolutamente tudo (de interferência política). Exerço um cargo técnico, mas pratico uma política do governo, que é o acionista controlador da companhia", complementou.

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