Dois ex-diretores paraguaios da Usina Itaipu Binacional foram denunciados nesta terça-feira (21) de corrupção na administração de convênios que a usina tem com uma fundação paraguaia, que teria causado um dano patrimonial de 34 bilhões de garanís (US$ 7,4 milhões), entre 2005 e 2008.
A partir de informações de uma auditoria externa iniciada na parte paraguaia da administração da usina em junho, o atual diretor geral da Itaipu, Carlos Mateo Balmelli, apresentou denúncia na Procuradoria Geral da República do Paraguai contra os ex-diretores Víctor Luis Bernal Garay, atualmente senador pelo Partido Colorado, e Ramón Romero Roa.
Os gerentes da Tesai, fundação com a qual Itaipu mantém convênios, Mario Rubén Genes Osorio, Alejandro Arce Levy e Zunilda Jara de Rolón também estariam envolvidos nas irregularidades, segundo declaração de Balmelli durante coletiva na Procuradoria, em Assunção, segundo apurou a Agência Brasil junto assessoria paraguaia de Itaipu Binacional.
De acordo com o advogado Alfredo Kronawetter, as irregularidades principalmente foram o não cumprimento de convênios assinados por Itaipu com a Fundação Tesai, a compra e aquisição de medicamentos, não consta materialmente ou fisicamente o ingresso de equipamentos médicos para a Fundação Tesai.
O advogado também ressaltou que não existem balancetes que possam determinar o estado contábil da fundação, que não houve acompanhamento da execução dos convênios, prestação de contas, nem tampouco os informes finais que possam constatar que efetivamente o que foi destinado por Itaipu Binacional para a fundação efetivamente cumprem com os objetivos estabelecidos em cada convênio.
Carlos Balmelli afirmou, ainda, que esta é apenas a primeira denúncia de outras que vão ser apresentadas. Nós temos outros casos que vão se ampliar medida em que a investigação vá sendo feita, disse o diretor da Itaipu.