A localização distante das sedes das Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasas) afasta os consumidores comuns, aponta pesquisa divulgada nesta quarta-feira (28) pelo governo do estado. O levantamento mostra que 39% dos potenciais compradores de frutas e verduras disseram não considerar a Ceasa da cidade como opção de aquisição de alimentos. Curitiba, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu e Cascavel contam com centrais.
O estudo mostra que a proximidade do consumidor é fator decisivo para que as compras de hortifrutigranjeiros sejam feitas nesses locais. Nas regiões próximas, em que as estruturas estão instaladas, o índice de aquisição de alimentos nas Ceasas é de 54%. Entre esses consumidores, no entanto, fatores como falta de segurança e higiene são citados como pontos a serem melhorados.
O secretário de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, disse à Agência Estadual de Notícias (órgão oficial de imprensa do governo do Paraná) que os números apontam para necessidade inadiável de remodelar as Ceasas. Ele não citou prazos para a execução de intervenções, disse apenas que a secretaria está "na expectativa de fazer estes investimentos, procurando parceiros e maneiras de colocar isso em prática".
O diagnóstico de Ortigara, segundo as informações divulgadas pela página oficial, é de que é preciso investir em estruturas físicas e de gestão. Ele citou questões de higiene, armazenagem, embalagem e o padrão de qualidade. O secretário também previu que já está nos planos do governo a ampliação da unidade de Maringá e Cascavel novamente sem citar o prazo para ficarem prontas.
A pesquisa foi realizada no período entre 3 de abril e 15 de maio. Foram ouvidos 1.663 compradores e fornecedores. Integram essa lista donos de restaurantes, frutarias e supermercados. Além disso, responderam aos questionamentos 363 vendedores, atacadistas e produtores de dentro e fora das Ceasas. A pesquisa foi executada pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).