O preço dos combustíveis na capital subiu cerca de 10% neste fim de semana quando o consumidor começava a aproveitar a "guerra de preços" entre postos de combustíveis, que chegaram a baixar o preço da gasolina a R$ 2,02 na semana passada. Agora, a proximidade do feriado de Corpus Christi (7 de junho) e aumentos nas distribuidoras devem mexer novamente com o bolso dos motoristas.
O preço médio da gasolina verificado nesta segunda-feira em 15 postos dos bairros Centro, Cabral, Bacacheri, Tarumã, Alto da XV e em Pinhais (região metropolitana de Curitiba) foi de R$ 2,30, alta de 10% ante o preço praticado por vários postos da cidade na semana passada, R$ 2,09.
O preço médio do álcool, pelo mesmo levantamento, é de R$ 1,42, ou 7% acima do preço mínimo encontrado pela reportagem na semana passada (R$ 1,29).
Já levando em conta a coleta de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgada com defasagem de uma semana o preço da gasolina teria caído R$ 0,03 na semana passada. De acordo com a página da ANP na internet, o preço do álcool também teria caído no período, de R$ 1,57 para R$ 1,45.
No entanto, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Roberto Fregonese, confirma que a alta de preços ocorreu e atribui o fato a aumentos praticados pelas distribuidoras.
"Na semana passada algumas companhias distribuidoras vendiam o litro da gasolina a R$ 1,99, mas ontem o elevaram para R$ 2,19. Subiram porque estavam vendendo até mesmo abaixo do preço de custo", diz. Segundo ele, os postos ainda não repassaram a alta totalmente.
Assim, Curitiba tem tendência de nova alta. "Com as baixas margens de lucro que estão sendo praticadas pelos postos, as empresas não agüentam por muito tempo", afirma Fregonese.
Ele nega que haja qualquer relação entre o aumento de preços e a proximidade do feriado, ao contrário do que dizem gerentes de postos. "Todo feriado o preço aumenta", diz Alexandre Botta, gerente de um posto Esso.
Alguns estabelecimentos praticam preços fora da média, como o posto Esso da Avenida João Gualberto, que há 60 dias vende o litro do álcool a R$ 1,79, e o posto situado dentro do estacionamento do Carrefour de Pinhais, que tinha nesta segunda-feira álcool a R$ 1,21 e gasolina a R$ 2,08. Outros não mudam o valor na bomba, nem para cima ou para baixo. "O álcool está a R$ 1,59 há cinco meses", diz o gerente de um posto BR da Avenida Victor Ferreira do Amaral.
Apesar dos sobressaltos, o Paraná tem os preços mais baixos na comparação entre os estados. Pelo levantamento da ANP, a gasolina caiu 3% nas últimas quatro semanas, custando R$ 2,25 na semana passada. O álcool caiu mais, 9%, para R$ 1,48.