As distribuidoras contrataram 2.105 megawatts (MW) médios de energia no leilão de energia de ajuste realizado nesta quinta-feira, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pela operação do certame.
O total equivale a cerca de metade dos 4 mil MW médios de descontratação de energia das distribuidoras neste primeiro semestre do ano.
O preço médio da energia contratada no leilão foi de 386,67 reais por megawatt-hora (MWh), valor muito próximo do teto do preço de energia de curto prazo dado pelo Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), de 388,48 reais por MWh.
O preço praticado denota que as geradoras consideram que o PLD tende a se manter próximo do teto ao longo de todo este primeiro semestre e não aceitaram vender a preços mais baixos.
Entre as empresas que venderam energia no leilão estão Cemig Geração, do grupo Cemig, a empresa de alumínio Alcoa, Petrobras, Light e comercializadoras de energia.
O leilão movimentou um total de R$ 8,9 bilhões em contratos de energia.
O governo federal mudou as regras do leilão de ajuste no final do ano passado para permitir a prática de preços mais elevados. A intenção era atrair o interesse das geradoras a vender energia no leilão num cenário em que o PLD tende a ficar alto.
O leilão não teve negociação apenas para venda de energia no produto de 3 meses para a região Nordeste.