Os brasileiros nunca deveram tanto no cartão de crédito. Dados do Banco Central (BC) mostram que o uso do crédito rotativo, parcelamento com juros e saque somou R$ 14,56 bilhões em julho, um recorde. As dívidas acumuladas também bateram recorde: R$ 26,49 bilhões é o saldo acumulado no dia 31 de julho, segundo dados mais recentes do BC.
Apesar de o juro do dinheiro de plástico - atualmente em 237,9% ao ano - ser mais alto até que o do cheque especial, a participação dessa modalidade nos empréstimos só cresce. Hoje, a cada R$ 4,00 tomados emprestados pelas pessoas físicas, R$ 1,00 é no cartão. A inadimplência nas operações com cartões também é maior que nas outras operações de crédito. Segundo os dados do BC, em julho 28,3% das transações tinham atraso superior a 90 dias.
Especialistas afirmam que o aumento do consumo e o já elevado nível de endividamento nos financiamentos mais baratos explicam a busca pelo caro empréstimo do cartão. Entre os principais empréstimos oferecidos às pessoas físicas, a linha mais cara é, curiosamente, a que ganhou mais clientes em julho. Enquanto o volume de novas operações no crédito pessoal cedeu 0,16% e o cheque especial caiu 1,02%, as novas concessões nos cartões saltaram 15,4% em julho ante junho.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast