Fôlego
Vendas nos EUA mostram recuperação
A indústria automotiva teve nova retração nas vendas nos Estados Unidos em maio, ainda que General Motors e Chrysler tenham registrado seus melhores resultados neste ano, e a Ford desde julho do ano passado. A recuperação da confiança também favoreceu o resultado da Toyota. A GM e a Chrysler informaram queda de quase 30% em maio ante o mesmo mês de 2008 nos EUA. Ainda assim, os números foram os mais favoráveis do ano para as duas companhias concordatárias. A montadora americana Ford informou vendas 24% menores em maio e a Toyota teve retração de 38% nas vendas em maio. Em comunicado, a fabricante japonesa destacou que a venda de maio representou um avanço de 20% em relação a abril.
Nova Iorque - Um dia após seu pedido de concordata, a General Motors acertou a venda da Hummer, uma de suas marcas de automóveis mais pesados e de mais elevado consumo de combustível, para a chinesa Sichuan Tengzhong Heavy Industrial Machinery. Se concretizada, será a maior aquisição externa feita pela China de uma empresa do setor automotivo. O valor da operação não foi divulgado.
Centenas de Hummers estão sendo usados pelas tropas americanas no Iraque, onde a maioria roda blindada. O jipe se transformou em sonho de consumo entre endinheirados no início da década. Mesmo assim, nos primeiros quatro meses deste ano, a marca Hummer vendeu só 4.019 veículos queda de 67% sobre o mesmo período de 2008. Além da Hummer, a GM deve se desfazer das marcas Saturn e Pontiac como parte do processo de concordata.
Efeito cascata
Além da indústria automotiva, a concordata da GM terá efeito abrangente em outras áreas da economia dos EUA. Ainda não se sabe o que ocorrerá, por exemplo, com a área de publicidade da empresa. No ano passado, a GM foi a segunda maior anunciante norte-americana, atrás apenas da Procter & Gamble. No período, ela gastou US$ 5,3 bilhões em propaganda. A montadora é também uma das principais patrocinadoras de eventos esportivos nos EUA.
Os tentáculos da GM vão ainda de US$ 4,5 bilhões de gastos na área de tecnologia no setor automobilístico a uma das maiores verbas para lobby no Congresso dos EUA, obviamente em favor da indústria automobilística norte-americana. Será mais um conflito de interesses para a Casa Branca, que detém agora 60% da GM.
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