O Banco do Japão afrouxou a política monetária nesta quarta-feira, mas a decisão não foi consensual, o que pode sugerir que o banco central japonês terá dificuldades no futuro para atender as demandas do governo por condições monetárias mais favoráveis ao crescimento.

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O governo japonês pressionou o banco central durante semanas para afrouxar a política, em uma tática que analistas dizem ter o objetivo de impedir que a alta do iene atrase a recuperação econômica impulsionada pelas exportações e aumente a deflação.

A decisão do Banco do Japão de dobrar a 20 trilhões de ienes os recursos disponíveis aos bancos para empréstimos de três meses era esperada. O juro foi mantido a 0,1 por cento.

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O presidente do banco central, Masaaki Shirakawa, disse que a decisão tem o objetivo de garantir que economia do país se recupere da recessão global e saia da deflação, mas analistas disseram que o afrouxamento foi modesto e que ele deve ter um impacto limitado.

A resistência à decisão por dois dos sete membros do conselho - Tadao Noda e Miyako Suda - sugere que o banco central pode levar mais tempo para mudar a política no futuro.

"O voto dividido deixa a impressão de que será mais difícil conseguir um consenso dos membros do conselho para medidas de estímulo adicionais", disse Hideo Kumano, economista-chefe do Dai-Ichi Life Research Institute em Tóquio.

O Banco do Japão está praticamente sozinho no afrouxamento de política monetária entre os maiores bancos centrais do mundo, apesar de a maioria das instituições do G7 se mostrarem pouco dispostas a apertar a política.

Na véspera, o Federal Reserve renovou sua promessa de manter as taxas de juros perto de zero por um "período prolongado". O Fed, porém, já soou mais otimista sobre o desemprego.

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