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Cesta básica

Do básico ao infinito, o preço de ser high-tech

O consultor Bruno Ferrante com seu arsenal de equipamentos atualizados permanentemente: paixão virou trabalho | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
O consultor Bruno Ferrante com seu arsenal de equipamentos atualizados permanentemente: paixão virou trabalho (Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo)
R$ 1,2 milé o preço médio dos notebooks mais simples disponíveis hoje. Os netbooks partem de R$ 900. Quer mais? Há modelos que passam dos R$ 8 mil |

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R$ 1,2 milé o preço médio dos notebooks mais simples disponíveis hoje. Os netbooks partem de R$ 900. Quer mais? Há modelos que passam dos R$ 8 mil

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R$ 150custam as câmeras digitais mais baratas no mercado hoje, com 2 megapixels de resolução. As mais completas chegam a R$ 8 mil |

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R$ 150custam as câmeras digitais mais baratas no mercado hoje, com 2 megapixels de resolução. As mais completas chegam a R$ 8 mil

R$ 100é o valor mais baixo encontrado para um tocador de mp3. Os mais caros, com visor de LCD, ultrapassam R$ 1,4 mil |

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R$ 100é o valor mais baixo encontrado para um tocador de mp3. Os mais caros, com visor de LCD, ultrapassam R$ 1,4 mil

R$ 400pode custar uma tevê de LCD, se você escolher um modelo de 14 polegadas. Os modelos de 29 polegadas custam a partir de R$ 1,2 mil e os gigantes, até R$ 16 mil |

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R$ 400pode custar uma tevê de LCD, se você escolher um modelo de 14 polegadas. Os modelos de 29 polegadas custam a partir de R$ 1,2 mil e os gigantes, até R$ 16 mil

R$ 200são suficientes para comprar o seu primeiro videogame, um Master System. Se preferir um de última geração, prepare-se para gastar até R$ 2 mil |

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R$ 200são suficientes para comprar o seu primeiro videogame, um Master System. Se preferir um de última geração, prepare-se para gastar até R$ 2 mil

A invasão tecnológica é inevitável: está na casa, no carro, no escritório, na academia e em todo canto. A boa notícia é que há uma grande dose de democracia para render-se aos encantos da parafernália high-tech. De um celular sim­­ples, oferecido de graça pela operadora em troca de um ano de fidelidade de contrato, a uma televisão de LCD com tecnologia 3D e tocador de Blue-ray que custa em torno de R$ 15 mil, há opções para todos os bolsos – e uma forcinha do crédito farto no varejo, que oferece parcelamentos de até 10 ve­­zes. O caderno de Tecnologia foi às ruas montar uma cesta básica do mundo digital. Afinal, quanto custa estar em dia com tanta tecnologia?É bem verdade que quando se fala em pixels e megabytes, o céu é o limite. Mas descobrimos que é possível começar o seu kit básico para entrada no mundo da tecnologia com cerca de R$ 1,5 mil. Ele começa com um telefone celular de cerca de R$ 79. Mais R$ 150 ga­­rantem passaporte para o mundo das fotos digitais, com câmeras simples, de resolução de 2 megapixels. Sonho de consumo de muita gente, as tevês de LCD, plasma e LED têm preços que variam conforme a marca, o tamanho e a resolução. Mas é possível começar a ver a novela e o futebol com sinal digital com um modelo de 14 polegadas que custa cerca de R$ 400. Para as telas maiores, a partir de 29 polegadas, o sonho é um pouco mais caro: a partir de R$ 1,2 mil. Já para os notebooks, é preciso desembolsar a partir de R$ 1,2 mil – se a opção for por um netbook, o preço de partida cai para algo em torno de R$ 900. Esse quarteto já lhe garante uma boa dose de modernidade.

Se o kit dos sonhos inclui também videogame e tocador de mp3 é necessário aumentar um pouco mais o aporte do investimento. Um Master System, por exemplo, sai por cerca de R$ 200 – mas esse também é o preço só do controle adicional para aparelhos Wii ou Play Station. Para ouvir música em todo o canto, soma-se a esse valor mais uns R$ 100 – e a cesta pula para R$ R$ 1,8 mil – e para ter um aparelho de GPS no carro, mais R$ 250. Esteja disposto então a gastar algo como R$ 2 mil.

Serviço

Uma vez equipado, é hora de fazer as contas de quanto o mundo co­­nectado custa mensalmente. E aí a notícia não é tão boa: o preço é alto. De acordo com a Pesquisa de Or­­çamentos Familiares do Ins­­tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o item telecomunicações representa 2,6% do orçamento de uma família brasileira – 1% para a telefonia fixa, 1% para o celular e mais 0,6% para a internet. Parece pouco? O porcentual é maior do que o gasto com higiene e cuidados pessoais (2%) e um pouco menor do investido em educação (3%). O levantamento do IBGE mostra que uma família brasileira gasta, em média, R$ 2.626 por mês em despesas domésticas – ou seja, as telecomunicações con­­somem cerca de R$ 70 mensais.

No Paraná, o plano básico das ope­­radoras de telefonia celular é de cerca de R$ 50 mensais. O valor é parecido para a mensalidade do te­­lefone fixo, mas dobra para quem quer também internet de al­­ta velocidade em casa. O custo au­­menta com a assinatura da televisão a cabo: os pacotes mais simples disponíveis hoje partem de R$ 60 – e podem ultrapassar os R$ 200.

Na casa da vendedora Rita Gomes Engelhardt, onde mora ela, o marido e os três filhos, os gastos com telefone e internet chegam a R$ 350. "O plano base custa R$ 120. Mas a conta sempre vem mais alta. Falo para meus filhos diminuírem o tempo no telefone, mas não adianta". A família ainda gasta mais R$ 140 com a tevê a cabo, que inclui canais de filme e futebol.

Apaixonado

O consultor Bruno Ferrante entrou no mundo tecnológico em 1985, quando ganhou seu primeiro computador. Mas antes disso ele já visitava a casa de um primo para usar a máquina. "Ele pensava que sempre ia visitá-lo, mas na verdade era para mexer no computador", confessa. Hoje ele vive em uma verdadeira casa tecnológica, que divide com a mãe, suas seis cachorras e seis computadores. "Temos três tevês FullHD, uma em cada quarto e uma na sala. Ligado em cada uma delas tem um media center, que é um aparelho que toca filmes, fotos, música e tem acesso à internet", conta. "O servidor principal tem espaço interno para mais de 170 filmes de alta definição." O arsenal também inclui "alguns videogames" ligados em rede: Xbox 360, Wii e um portátil Nintendo DS.

A paixão por tecnologia é tanta que virou profissão – hoje ele presta consultoria na área, principalmente para pessoas físicas. E para se manter atualizado nas novidades que surgem a todo momento, ele investe entre R$ 500 e R$ 1 mil por mês – os equipamentos que ele já tem ganham um upgrade com novos componentes e atualizações. "Minha última aquisição foi um HTPC [um equipamento que melhora o som] para meu home theater", diz. "Eu sempre montei meus próprios computadores. Meu principal agora é um ‘Frankenstein’ com 4 processadores, placa de video de 1 giga e 2 monitores, um de Led de 23 polegadas e um LCD de 17."

Os preços foram consultados na última semana em lojas do Centro de Curitiba, na internet e junto às operadoras de telefonia.

Colaborou Taysa Dias.

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