O dólar não é a única moeda que provavelmente tirará proveito quando o Federal Reserve começar a elevar as taxas de juros, segundo os analistas de câmbio que mais acertaram as estimativas de câmbio da Bloomberg.
O peso mexicano é o próximo na fila a receber um impulso, dizem o Credit Suisse Group e o Toronto-Dominion Bank, que lideraram os rankings de previsões cambiais da Bloomberg no segundo trimestre. Após uma queda recorde ante o dólar em agosto, o peso poderá ganhar confiança em um momento em que o banco central do país sinaliza que planeja adotar as sugestões de política cambial de seu vizinho Estados Unidos.
As moedas que “os mercados entendem que compartilham recursos semelhantes com o dólar” se fortalecerão, disse Shahab Jalinoos, chefe global de estratégia de câmbio em Nova York do Credit Suisse. Ele destacou a libra esterlina, do Reino Unido, que tem sido impulsionada pelo potencial de que o Banco da Inglaterra acompanhe o Fed com um aumento da taxa, e o yuan, da China, como outros potenciais vencedores.
Apesar de a probabilidade de o Fed elevar as taxas de juros na reunião desta quinta-feira (17) ter diminuído após uma sucessão de relatórios de emprego abaixo das expectativas, os traders de contratos futuros ainda estão precificando que as autoridades americanas darão início à política de aperto antes do fim de 2015. Essa perspectiva apoia o dólar há mais de um ano e há uma corrida para peneirar os outros prováveis vencedores e perdedores.
Uma taxa básica mais elevada melhora o retorno que os investidores obtêm por conservarem uma moeda e, ao mesmo, tempo torna os empréstimos mais caros.
“Não há muitos países em posição de elevar as taxas”, disse Jalinoos. “Você precisa começar a procurar nos mercados emergentes”, complementou, citando a possível elevação da juro no México.
O yuan, da China, poderá ganhar valor em relação ao euro e ao iene uma vez que o Fed agir, avaliou Jalinoos, porque as autoridades da segunda maior economia do mundo estão procurando estabilizar a taxa de câmbio do país asiático depois que a desvalorização do mês passado corroeu os mercados internacionais.
Vantagem
A moeda do México poderá ser impulsionada por um incremento na taxa de juros depois que as autoridades do país — dispostas a manter sua vantagem nos yields sobre os EUA — alteraram o cronograma de suas reuniões de política monetária, em julho, para acompanhar as do Fed.
O banco central do México, conhecido como Banxico, elevará sua taxa principal, hoje em 3%, em 0,25 ponto porcentual no terceiro trimestre, segundo a mediana das estimativas de 29 economistas consultados pela Bloomberg no mês passado.
Os contratos futuros sugerem 30% de chances de que o Fed eleve sua taxa básica em relação ao nível próximo de zero quando sua reunião de política monetária terminar, na quinta-feira, contra 38% de chances no final de agosto. A probabilidade de uma mudança até o final do ano é de 62%.
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