Curitiba Tudo começou há 53 anos, com um pequeno restaurante do casal Carlito e Cenira Gusso, que servia risoto no bairro Xaxim. Em 1981, o filho Carlos Antônio Gusso desistiu da carreira de bancário e resolveu assumir os negócios da família, transformando a Risotolândia, que então já funcionava na Sociedade Morgenau, no bairro Cristo Rei, em uma cozinha industrial. No início, 12 funcionários preparavam 700 refeições diárias. Passados 24 anos, a Risotolândia Serviços de Alimentação emprega 2,9 mil funcionários e produz 240 mil refeições por dia para empresas do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Na classificação da Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas (Aberc), a paranaense é uma das oito maiores empresas de seu segmento. Uma das cozinhas está instalada numa área de 45 mil metros quadrados, no município de Araucária, e outra fica em São José dos Pinhais, onde ocupa uma área de 8 mil metros quadrados. A empresa processa 200 toneladas diárias de alimentos destinados a cafés da manhã, lanches, almoços, jantares, ceias e merendas escolares. Diariamente, preara 15 mil quilos de carne bovina e 80 mil quilos de aves.
O primeiro cliente da empresa foi a também paranaense Labra, do ramo madeireiro. Hoje, a Risotolândia tem mais de cem clientes e detém 60% do mercado de refeições industriais do Paraná. Seu maior contrato é com a Volkswagen-Audi, para quem fornece 15 mil refeições por dia. Para os trabalhadores da Volkswagen de Taubaté, em São Paulo, e de Rezende, no Rio de Janeiro, a Risotolândia produz as refeições nas montadoras. A empresa fornece merenda escolar para todas as escolas municipais de Curitiba, o que corresponde a 30% do seu volume de vendas.
Em média, o crescimento da anual da empresa é de 15% ao ano, mas em alguns períodos ela chegou a crescer até 30%, afirma Gusso. Para 2005, a previsão é de um crescimento superior a 15%, com a expansão dos negócios para os mercados de São Paulo e Rio de Janeiro. Um dos mercados que se desenha promissor, segundo o presidente da Risotolândia, é o de hospitais. "Estamos em fase de prospecção, mas já pudemos sentir que é um setor em que dá para apostar", adianta.
Segundo Gusso, a matéria-prima representa 50% dos custos da empresa, e a mão-de-obra 30%. "Nosso lucro é pequeno, entre 3% e 4%, mas em razão do volume os resultados podem ser considerados satisfatórios", justifica. O desempenho é atribuído a três itens que considera fundamentais: ética, parceria e transparência. "A Risotolândia procura agregar prestação de serviços úteis aos clientes e seus colaboradores, como a educação e avaliação nutricional, bem como o atendimento personalizado e diferenciado, estratégia que inclui visitas permanentes, feitas por diretores e gerentes, de forma a se obter um bom retorno e fortalecer o diálogo", diz. Para Gusso, o importante, além das atividades de promoção de vendas e fixação da marca, é oferecer respostas e soluções ágeis e eficientes. "No mundo de hoje, em que os produtos são cada vez mais similares, o atendimento presencial faz a diferença", destaca. Outro cuidado permanente da empresa, de acordo com Gusso, é com a qualidade de seu produto, o que exige o trabalho de técnicos de diversas áreas, como veterinários, sanitaristas, engenheiros de alimentos e bioquímicos, além de nutricionistas.
O Paraná é o quinto maior mercado de refeições coletivas do país, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Das 4 milhões de refeições/dia no país, o Paraná responde por cerca de 10% do mercado de refeições industriais.
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