“Betting on Zero”, um documentário que mostra supostas vítimas da Herbalife, chegará aos cinemas dos EUA em menos de dois meses, trazendo um novo desafio a uma empresa que acaba de anunciar ser alvo de uma nova investigação das autoridades americanas.
O filme, que teve exibições no circuito de festivais no ano passado, será lançado em 10 de março. A distribuição inclui exibições em Los Angeles, Nova York, Houston e Dallas, e há negociações para expandir a plateia para várias outras cidades. Em 7 de abril, o filme estará disponível via vídeo on demand e plataformas on-line como iTunes e Google Play.
O filme conta como o bilionário Bill Ackman, gestor de um fundo hedge , começou uma campanha de venda a descoberto contra as ações da Herbalife em dezembro de 2012 com uma aposta de US $ 1 bilhão. “Betting on Zero”, que em tradução livre para o português seria “Apostando no Zero”, pode ajudar a sua causa espalhando alegações de que a Herbalife é um esquema de pirâmide ilegal para um público mais amplo.
O lançamento do filme ocorre em um momento em que a Herbalife está tentando cumprir com um acordo com a Comissão Federal de Comércio (Federal Trade Commission) que se seguiu a uma investigação estimulada por Ackman. O acordo entra em vigor em maio. Na semana passada, a empresa com sede em Los Angeles também divulgou uma investigação separada da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (a SEC) para analisar o cumprimento de regras anticorrupção na China.
A Herbalife reagiu contra o documentário com um site que critica o filme. Uma empresa de lobby que trabalha para a Herbalife também comprou metade dos ingressos para uma exibição – o que os cineastas encararam como uma tentativa de impedir as pessoas de vê-la.
“Betting on Zero” foi financiado por John Fichthorn, co-fundador da Dialectic Capital Management e crítico de empresas que usam o marketing multinível, como a Herbalife. Ele admitiu que apostou contra as ações da empresa no passado, mas garantiu que isso não ocorreu depois que a produção do filme começou. O diretor Ted Braun também declarou que tinha independência para fazer o filme.
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