Mercado financeiro segue na expectativa pelo pacote de corte de gastos que o governo tenta fechar em meio a um racha interno.| Foto: Sebastião Moreira/EFE
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A cotação do dólar fechou em alta nesta segunda (11) em meio a mais um dia de dúvidas sobre o pacote de corte de gastos do governo, que entra na terceira semana sem uma definição clara – o que aumenta a preocupação do mercado financeiro.

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O dólar comercial, utilizado como referência no mercado, fechou o dia cotado a R$ 5,76, uma alta de 0,56%. Já o turismo, voltado às viagens ao exterior, subiu 0,17% e chegou a R$ 5,99, com um pico de R$ 6 no meio da tarde.

A subida da moeda norte-americana nas duas modalidades se dá pela demora do governo em anunciar o corte para demonstrar o comprometimento com a sustentabilidade das contas públicas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Fernando Haddad (Fazenda) se reuniram à tarde para tentar, mais uma vez, definir áreas que sofrerão redução nos orçamentos.

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A preocupação pela terceira semana seguida afetou também os negócios na bolsa de valores de São Paulo – a B3 – que fechou o dia perto da estabilidade em 0,6% aos 127.904 pontos.

O mercado se mostrou ainda mais apreensivo com o que o governo deve anunciar após o PT assinar um manifesto com outros partidos contra o corte de gastos, o que provocou um racha no Planalto. Haddad lidera a equipe econômica para executar o pacote pedido pelo mercado como prova de compromisso do governo com as contas públicas.

Tanto o partido como outros aliados veem com resistência, que está cada vez mais exposta. A crítica de Gleisi foi principalmente em cima de editoriais publicados no final de semana a favor do corte de gastos, que ela classifica como um “sacrifício dos aposentados, dos trabalhadores, da saúde e da educação, que podem até combinar com o neoliberalismo frenético do governo passado, mas não com o governo que foi eleito para reconstruir o país”.

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A demora fez o mercado financeiro, inclusive, piorar a expectativa para a inflação deste ano e já prevê um estouro da meta chegando a 4,62% – o teto é de 4,5%.

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Além da inflação deste ano, o mercado financeiro já vê também um reflexo em 2025, de 4,03% para 4,1%, e para 2026, de 3,61% para 3,65%.

Por outro lado, a expectativa para o crescimento da economia neste ano – calculado pelo PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todos os serviços e bens produzidos pelo país) se manteve estável em 3,1% para o fim deste ano. Para o ano que vem, avançou de 1,93% para1,94%.

Entre outras estimativas, a expectativa para a taxa básica de juros segue em 10,75% ao ano, e a cotação do dólar evoluiu de R$ 5,50 para R$ 5,55 neste ano.

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