O dólar fechou em leve alta nesta quinta-feira (31), acompanhando a cautela internacional com a economia dos Estados Unidos, que registrou crescimento abaixo do esperado no 2.º trimestre, em um dia de ajustes técnicos no mercado de câmbio.

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Com isso, a moeda norte-americana subiu 0,06%, para R$ 1,563. A alta desta quinta não evitou que o dólar terminasse julho com baixa de 2,13%. No ano, a queda acumulada é de 12,04%.

Aumento dos juros

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A alta dos juros é a principal razão apontada para o recuo do dólar. Nas últimas três reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic foi elevada de 11,25% para 13% ao ano como parte do combate à alta da inflação.

Com o juro maior, aumenta a remuneração dos investimentos em renda fixa no Brasil, o que atrai estrangeiros para o país. "A atratividade da taxa é fantástica", disse Marcelo Voss, economista-chefe da Corretora Liquidez.

Esse efeito sobre o câmbio pode estar ocorrendo mesmo com a saída de dólares do país, disse Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora. Para ele, se essas operações continuarem a mostrar força, o dólar pode seguir rumo a R$ 1,50.

Contas externas

Mas a deterioração das contas externas deve, mais à frente, frear a desvalorização do dólar. No primeiro semestre, o Brasil teve déficit de US$ 17,4 bilhões nas transações correntes, recorde para o período, com o aumento das remessas de lucros e dividendos.

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"No curto prazo há o fortalecimento do dólar frente às outras moedas", completou Padovani, em referência à recuperação da divisa no último mês em meio aos sinais de que a economia dos Estados Unidos pode ter evitado uma recessão. Para os analistas do Merrill Lynch, o dólar chega ao final de setembro a R$ 1,55.

Economia dos EUA

O Departamento de Comércio apontou crescimento de 1,9% para o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no segundo trimestre, contra previsões de 2% a 2,3%.

Os dados de primeiro trimestre também foram revisados para baixo, de crescimento de 1% para 0,9%, e o PIB do último trimestre de 2007 também foi alterado, passando a apresentar variação negativa de 0,2%, contra expansão de 0,6%.