O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira, reagindo à recuperação nos mercados financeiros globais após o mau humor da véspera.

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A moeda norte-americana caiu 0,32%, a R$ 1,578 na venda, anulando parte da alta de 0,44% da segunda-feira.

"O dólar está ajustando depois da alta de ontem", resumiu Guilherme Mônaco, operador de câmbio da Hencorp Commcor Corretora. "O volume até que está bom, mas o mercado está parado, não tem muita novidade, é basicamente um ajuste mesmo."

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Segundo dados da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa, o giro somava cerca de 3,67 bilhões de dólares, acima da média dos últimos dias.

O ambiente internacional sugeria menor aversão a risco, com queda de quase 5% no índice de volatilidade da CBOE, termômetro do nervosismo de investidores.

Na ausência de notícias mais negativas, investidores aproveitavam para comprar ações baratas, o que ajudava o índice Standard and Poor's 500 da Bolsa de Nova York a subir 0,4%, após ter descido na segunda-feira ao menor nível em mais de dois meses.

As operações locais refletiam também a fraqueza do dólar no exterior. A divisa atingia mínima recorde ante o franco suíço e em um mês contra o euro, depois de uma autoridade chinesa dizer que Pequim precisar ficar alerta sobre ter uma quantidade excessiva de dólares em reservas.

O índice DXY, que mede o valor do dólar contra uma cesta de divisas, recuava 0,6% no final da tarde.

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Os agentes financeiros aguardam para as 16h45 declarações do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, sobre o atual quadro econômico dos EUA. O presidente do Fed de Boston, sugeriu que a debilidade dos recentes dados macroeconômicos poderia atrasar a saída do BC norte-americano de sua política monetária expansionista.

Profissionais atribuem a fraqueza do dólar nos últimos meses à enxurrada de estímulos por parte do Fed desde o ano passado com o "quantitative easing 2", que prevê a compra de 600 bilhões de dólares em títulos e que deve acabar neste mês.

O mercado seguiu monitorando o noticiário envolvendo o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, questionado por sua evolução patrimonial. Operadores, contudo, não enxergaram impacto significativo sobre os preços.