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Dólar ameaça queda maior, mas respeita piso de R$1,75

O dólar ameaçou mas não rompeu definitivamente o patamar de 1,75 real nesta segunda-feira, com ajustes de posição por tesourarias e investidores estrangeiros ofuscando a tendência global de queda da moeda norte-americana.

O otimismo no exterior foi reflexo de resultados melhores que o esperado de bancos europeus, como o HSBC e o BNP Paribas, e de números um pouco acima do previsto no setor manufatureiro dos Estados Unidos.

O dólar fechou a 1,751 real, em queda de 0,28 por cento. Ante uma cesta com as principais moedas, a divisa dos Estados Unidos caía bem mais, 0,77 por cento às 16h30. Em Nova York, os principais índices de ações subiam 2 por cento.

O dólar até chegou a cair abaixo de 1,75 real pela primeira vez desde o início de maio, valendo 1,746 real na mínima do dia. Nesse patamar, pouco antes de 12h, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista.

Mais tarde, a moeda recuperou o nível de 1,75 real, considerado um nível técnico e psicológico importante, com ajustes de posições no mercado futuro.

"O estrangeiro está bem vendido, e está comprando para zerar um pouco", disse o operador de um banco nacional, que preferiu não ser identificado, em referência às posições de 7 bilhões de dólares de estrangeiros no mercado futuro e de cupom cambial (DDI) na virada do mês.

Profissionais do mercado têm citado nas últimas semanas que há pouco espaço para uma valorização maior do real, diante da disposição do governo em intervir contra a queda do dólar e da fragilidade crescente do fluxo de capitais para o país com a piora da balança comercial e das transações correntes.

O cenário fica ainda mais incerto com o volume expressivo das posições vendidas dos estrangeiros no futuro e de bancos no mercado à vista. Um ajuste abrupto dessas posições poderia provocar uma alta rápida da moeda norte-americana.

Tony Volpon, estrategista da Nomura Securities, recomendou, por exemplo, a manutenção de posição comprada em dólares durante os próximos meses, com alvo em 1,9400 real no contrato a termo (NDF) de três meses negociado no mercado externo.

Mas José Carlos Amado, operador da corretora Renascença, reitera que, por ora, a tendência ainda é de queda do dólar, principalmente em um cenário positivo no exterior. "Mas (uma queda) sustentada, justamente por conta da expectativa de alguma atuação diferente (do governo)."

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