O dólar comercial está praticamente estável na manhã desta terça-feira frente ao real. Às 9h39m, a moeda americana recuava 0,04% e estava sendo negociada a R$ 2,267 na compra e R$ 2,268 na venda. Na mínima do dia, a divisa recuou a R$ 2,267 e na máxima subiu a R$ 2,287.
Ontem, o dólar comercial fechou em alta em relação à moeda brasileira, na contramão do mercado externo, onde a divisa americana perdeu força depois de um discurso da presidente do banco central americano, Janet Yellen, gerando dúvidas sobre a velocidade dos estímulos à economia. A presidente do Federal Reserve disse que as condições atuais do mercado de trabalho e de inflação ainda sinalizam que a economia precisa de estímulos.
No cenário doméstico, o mercado espera uma sinalização do Banco Central de que começarão a ser rolados os contratos de swap cambial que vencem em maio. O BC não rolou a totalidade dos contratros que venciam em abril - de US$ 10,1 bilhões, o BC deixou de rolar US$ 2,6 bilhões - o que pressionou o dólar ontem.
"A falta de um sinal do BC sinalizando a rolagem dos contratos com vencimento em maio pode gerar dúvidas sobre a estratégia para o mês e pressionar o dólar na abertura no pregão de hoje", diz um operador.
Também estão na pauta novos dados da indústria chinesa. Os números são contraditórios. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial avançou para 50,3 em março ante 50,2 em fevereiro, indicando ligeira expansão, mas alguns economistas disseram que mesmo com esta leve alta o número indica fraqueza já que a atividade normalmente acelera mais após o feriado de Ano Novo Lunar em fevereiro.
Já o PMI do Markit/HSBC, que foca mais no setor privado, caiu para a mínima em oito meses, de 48,0 em março. O índice está abaixo da marca de 50 desde janeiro, indicando contração neste ano. Os investidores olharam para o dado mais positivo e as Bolsas asiáticas fecharam em alta.
"Ainda não acho que as pressões são tremendas, mas são grandes o suficiente para que o governo realmente comece a falar sobre a necessidade de sustentar o crescimento", disse à agência Reuters Louis Kuijs, economista-chefe do Royal Bank of Scotland.
BM&FBovespa divulga prévia do Ibovespa
No pregão da Bolsa de Valores de São Paulo, o índice Ibovespa, referência do mercado de ações, abriu em alta no primeiro pregão de abril, depois de ter subido 7,04% em março. Nesta terça, o índice abriu em alta e às 10h25m subia 0,08% aos 50.408 pontos.
A BM&FBovespa divulgou hoje a primeira prévia da carteira do Ibovespa, que valerá para o período de maio a agosto deste ano. É a primiera prévia já sob a nova metodologia, em que as ações de empresas mais negociados, mas também com maior valor de mercado, ganham mais importância. A nova carteira tem 72 ações e as ações do setor financeiro ganham mais peso.
A prévia mostra as ações com maior peso: Itaú PN (9,410%), Petrobras PN (7,288%), Bradesco PN (7,246%), Vale PNA (6,083%) e AmBev ON (5,560%). A lista anterior tinha a seguinte composição: Petrobras PN (7,988%), Vale PNA (7,384%), Itaú PN (7,251%), Bradesco PN (5,966%) e Petrobras ON (3,954%). Na prévia, entra a ação MMX ON, com peso de 0,020%, e saem Dasa e LLX.
Mercado está na expectativa do Copom
O mercado está na expectativa da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que deve elevar a taxa básica da economia (Selic) dos atuais 10,75% para 11% ao ano. O encontro começa hoje e a decisão será anunciada na quarta-feira.
Segundo o boletim Focus, do Banco Central, que levanta as estimativas para os principais indicadores da economia com cem instituições financeiras, a mediana para a taxa Selic em abril é de 11%.
Em maio, haveria mais um aumento de 0,25 ponto percentual e a Selic seria mantida em 11,25% até o fim do ano, para chegar a 12% no fim de 2015, segundo as expectativas do boletim Focus.
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