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Dólar bate R$ 4,14 pressionado por eleição e ressaca pós-acordo EUA e México

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O dólar voltou a assustar nesta terça-feira (28), pressionado pelas eleições e também por um cenário externo desfavorável a países emergentes como o Brasil. A moeda chegou a abrir em baixa, em torno de R$ 4,06, mas fechou o dia com alta de 1,47%, com cotação de R$ 4,1439 na máxima. O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas no Brasil, recuou 0,59% para 77.473,18 pontos. Essa foi a terceira maior cotação diária da moeda desde o Plano Real —em setembro de 2015, fechou a R$ 4,145 e em janeiro de 2016 foi a R$ 4,166.

Na segunda-feira (27), com o anúncio de um acordo entre Estados Unidos e México, a moeda norte-americana tinha perdido um pouco de força e dado algum alívio aos brasileiros ao terminar o dia em R$ 4,08. A Bolsa também tinha recebido bem essa movimentação, com alta de 2,19%.

Nesta terça (28), porém, alguns analistas começaram a apontar que os termos negociados ainda são preliminares e questionáveis. Em relatório, o banco Goldman Sachs diz não ver efeito macroeconômico substancial nos Estados Unidos caso os termos revisados sejam implementados. 

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Um dos pontos destacados é que, na opinião de Alec Phillips, que assina o relatório, o acordo é mais restritivo do que o esperado em relação ao setor automotivo, atendendo mais aos interesses americanos do que aos mexicanos.

Outro fator que influenciou o dia e foi pontuado pela corretora Spinelli  em seu relatório diário é a melhora da confiança do consumidor nos EUA, "que atingiu a máxima da série desde 2003 pelo menos e sugere uma política monetária mais apertada pelo Fed", diz, em referência à política monetária do banco central americano. Taxas de juros mais altas atraem fluxo de capital para a maior economia do mundo, fortalecendo o dólar.

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Internamente, o mercado segue cauteloso com o cenário eleitoral.  Ainda na segunda-feira (27) à noite, o STF informou que analisará em julgamento virtual em setembro um recurso da defesa do ex-presidente Lula contra uma decisão do plenário da corte que negou habeas corpus ao petista no início de abril.

Está previsto ainda para esta terça (28) o julgamento, pela primeira turma do STF, de denúncia que pode tornar o candidato Jair Bolsonaro (PSL) réu por racismo e manifestação discriminatória contra quilombolas, indígenas e refugiados.

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