A reeleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos trouxe fortes impactos ao mercado financeiro, com uma valorização global do dólar já em seus primeiros momentos. Muitos brasileiros acompanharam mais de perto o impacto da vitória republicana na cotação do dólar. Ao buscar informações no Google, os usuários se depararam com valores incorretos que indicava o dólar acima de R$ 6.
Por horas, o site chegou a divulgar um gráfico em que as cotações da moeda norte-americana se aproximavam de R$ 6,20. O erro ficou no ar pelo menos até 13h30. Perto das 14 horas, o Google passou a indicar a cotação correta.
Segundo plataformas financeiras como a TradingView e a Bloomberg, o valor máximo do dólar registrado na quarta-feira (6) foi de R$ 5,86, bem abaixo do valor exibido no Google.
Dados do Banco Central apontaram que o valor médio do dólar comercial para venda no Brasil nesta quarta foi de R$ 5,7648, inferior às cotações médias de terça-feira (R$ 5,7846) e segunda-feira (R$ 5,7898). Pouco depois das 15h, a moeda americana era vendida na casa de R$ 5,68, com queda de 1,2% em relação ao fechamento de terça-feira (5).
A divergência nos dados do Google gerou especulações, principalmente nas redes sociais, sobre um possível novo pico do dólar. Contudo, mesmo que a moeda americana tivesse superado os R$ 6, não representaria um recorde histórico. O maior valor real da taxa de câmbio (considerando a correção inflacionária) foi registrado em setembro de 2002, durante a campanha eleitoral que resultou na primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência.
Outro erro cometido pelo Google foi na cotação do bitcoin. O buscador mostrava a criptomoeda cotada acima de R$ 456 mil, enquanto corretoras como a Binance e a OKX indicavam um valor próximo a R$ 439 mil.
Segundo o Google, recursos da busca como o câmbio de moeda são baseados em dados de terceiros e, em caso de imprecisões, as informações da busca são removidas. "Trabalhamos com o provedor dos dados para ajustá-las o mais breve possível", destacou a empresa em nota enviada à Gazeta do Povo.
Tendência é de valorização do dólar frente ao real
Segundo analistas da Warren Investimentos, a agenda econômica de Trump, que propõe cortes nos impostos e barreiras ao comércio e à imigração, reforça a confiança na moeda americana. A valorização do dólar e a expectativa de elevação nas taxas de juros impulsionam as ações americanas. Também aumentam atratividade dos títulos do governo dos EUA.
Para Elson Gusmão, diretor de câmbio da Ourominas, aponta que o cenário de protecionismo econômico e alta no câmbio deve gerar uma pressão sobre mercados emergentes. Estes enfrentam um aumento nos custos de importação e maior volatilidade cambial. Além disso, a elevação das taxas de juros nos EUA estimula o movimento de "carry trade", em que investidores buscam ganhar com a diferença de juros entre países.
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