Num dia de leve sobe e desce, o dólar fechou em queda nesta terça-feira (11), mas ainda acima de R$ 2,40, após a nova chair do Federal Reserve, Janet Yellen, reiterar os planos do banco central norte-americano de continuar reduzindo seu estímulo econômico, como era esperado pelo mercado. Durante a tarde, a moeda norte-americana chegou a subir, à medida que investidores digeriram as declarações de Yellen e em reação a fluxos de saída de divisas, mas não se sustentou em território positivo.

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O dólar recuou 0,15%, a R$ 2,4025 na venda, após bater R$ 2,4185 na máxima e R$ 2,3960 na mínima do dia. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,4 bilhão de dólares. "O pronunciamento da Yellen confirmou o que o mercado esperava. Isso traz algum alívio para os investidores, mas também não mexe muito no mercado", afirmou o economista-chefe da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti.

Yellen afirmou em seus primeiros comentários como chair do banco central norte-americano que a recuperação do mercado de trabalho está "longe de ser completa", acrescentando que o banco central norte-americano espera continuar reduzindo gradualmente a política de estímulo devido a melhoras mais amplas na economia.

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O Fed já promoveu dois cortes de 10 bilhões de dólares no programa de compra de títulos, para 65 bilhões de dólares mensais, animado pelo bom desempenho da economia norte-americana. Contudo, recentes dados fracos sobre o mercado de trabalho levantaram dúvidas sobre a recuperação dos EUA e alimentaram algumas expectativas de que o Fed pudesse diminuir o ritmo de cortes nos estímulos.

Nesse contexto, investidores aguardaram o discurso de Yellen em busca de pistas sobre o futuro da política monetária dos EUA. "Como os dados (de emprego dos EUA) nos últimos meses vieram aquém das expectativas, o mercado vai ficar atento à avaliação dela a respeito do mercado de trabalho e tentar interpretar as implicações disso para a redução do estímulo", afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, antes do pronunciamento da chair do Fed.

O dólar registrou leves variações durante a manhã, com investidores evitando fazer grandes apostas, e manteve esse movimento após a divulgação do discurso de Yellen, às 11h30 (horário de Brasília). No início da tarde, começou a ampliar os ganhos, reagindo a fluxos de saída de recursos e acompanhando o movimento da divisa norte-americana contra outras moedas emergentes.

Mas a alta não se sustentou, perdeu força gradualmente ao longo da tarde e o dólar passou a cair consistentemente na última hora do pregão. Nesta manhã, o Banco Central brasileiro deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes a venda futura de dólares, todos com vencimento em 1º de dezembro deste ano, com volume financeiro equivalente a 196,9 milhões de dólares. O BC ofertou também swaps para 1º de agosto, mas não vendeu nenhum.

Além disso, vendeu a oferta total de 10,5 mil swaps no quarto leilão de rolagem dos contratos que vencem em 5 de março. No total, a autoridade monetária já rolou cerca de 28 por cento do lote total que vence no próximo mês, equivalente a 7,378 bilhões de dólares.

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