O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira (25), com investidores ainda animados pelas notícias sobre os integrantes da futura equipe econômica da presidente Dilma Rousseff.
A moeda norte-americana caiu 0,47%, a R$ 2,5367 reais na venda, depois de fechar em alta na sessão anterior, a quase R$ 2,55. Na mínima desta sessão, chegou a cair mais de 1%, a R$ 2,5180. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,2 bilhão.
A equipe econômica deve ser composta por Joaquim Levy, Nelson Barbosa e Alexandre Tombini no comando do Ministério da Fazenda, do Planejamento e do Banco Central, respectivamente. O trio agradou o mercado porque indicaria que Dilma reconhece a necessidade de mudança na política econômica, criticada por gerar inflação alta e crescimento baixo.
"O mercado continua de bom humor. A trinca (da equipe econômica) deu uma boa acalmada no pessimismo", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
Segundo ele, o que vai definir se o dólar consegue sustentar a trajetória de queda para baixo de R$ 2,50 será o discurso das autoridades após o anúncio da futura equipe econômica. "O mercado quer ver sinais de que eles vão ter independência", acrescentou.
Uma fonte do governo afirmou à Reuters que Dilma fará o anúncio oficial na quinta-feira, com Levy assumindo o Ministério da Fazenda já na segunda-feira.
Operadores acreditam que o dólar pode caminhar um pouco mais para baixo até lá, mas não descartam a possibilidade de movimentos de ajuste ou realização de lucros. Na véspera, o dólar foi a R$ 2,50 logo após a abertura, mas reverteu as perdas e firmou-se em alta durante o resto da sessão.
"É um bom humor que não está baseado em fundamentos, está baseado em expectativas. Então qualquer susto pode fazer o mercado realizar", disse o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca.
Swap cambial
Na manhã desta terça, o Banco Central vendeu a oferta de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelo programa de intervenções diárias. Foram vendidos 2,5 mil contratos para 1º de junho e 1,5 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,4 milhões.
O BC também vendeu nesta sessão a oferta integral de até 14 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 1º de dezembro, equivalentes a US$ 9,831 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 82% do lote total.
Ibovespa
A Bovespa fechou esta terça-feira com leve alta, após forte volatilidade na segunda etapa do pregão ditada particularmente pelo movimento das ações da Petrobras.
A sessão também foi marcada por ajustes ao rebalanceamento do índice MSCI para o Brasil, enquanto o setor elétrico ficou em evidência com a aprovação do corte do preço máximo de energia de curto prazo em 2015 pela Aneel.
Segundo dados preliminares, o Ibovespa subiu 0,17%, a 55.498 pontos. Na máxima, avançou a 56.386 pontos e, na mínima, no início da tarde, caiu a 55.204 pontos. O volume financeiro do pregão somava R$ 6,6 bilhões.