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O dólar fechou em queda ante o real nesta quinta-feira (10), acompanhando uma melhora do cenário externo e devolvendo as fortes altas vistas nos últimos dois dias, com investidores aproveitando para obter lucros, de acordo com operadores.

A moeda norte-americana encerrou em queda de 0,53%, cotada a R$ 1,9521 na venda. Ainda assim, a divisa fechou com a maior cotação desde o dia 14 de julho de 2009, quando encerrou cotada a R$ 1,9700. Durante o pregão desta quinta-feira, o dólar oscilou entre R$ 1,9443 e R$ 1,9701.

"A queda foi impulsionada pelo cenário externo e pelo movimento de alta das últimas sessões, devolvendo parte dessa alta", disse o gerente da mesa financeira da Hencorp Commcor, Luiz Henrique de Paula.

Na véspera, a divisa norte-americana subiu 1,23%, cotada a R$ 1,9625 na venda. Na terça-feira, a moeda também já havia subido quase 1%.

Na manhã desta quinta-feira, o dólar chegou a subir, ficando volátil com o ambiente internacional ainda indefinido, mas com a melhora das bolsas no exterior encontrou espaço para operar em queda e ampliar suas perdas, apenas diminuindo um pouco esse recuo perto do fechamento do pregão.

Entre os indicadores que ajudaram a levar a uma alta dos bolsas estão o recuo de pedidos de auxílio desemprego nos Estados Unidos. As novas solicitações caíram no país em 1 mil, para 367 mil. Economistas previam que os pedidos subiriam para 369 mil na semana passada.

Apesar da queda vista nesta quinta-feira, o gerente Luiz Henrique de Paula afirmou que o dólar ainda está em patamar alto, levando até indicadores de inflação a virem mais altos.

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), anunciado nesta quinta-feira, reportou avanço de 0,89% na primeira prévia de maio, ante elevação de 0,50% no mesmo período de abril. Na véspera, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril mostrou alta de 0,64%, após alta de 0,21% no mês anterior.

Discurso de membros do governo, no entanto, indicaram que o dólar elevado não traz preocupações em relação à inflação. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira que a alta da moeda norte-americana e a inflação não são motivo de preocupação.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou, por sua vez, que a autoridade monetária continuará avaliando todos os impactos da inflação, inclusive do câmbio.

Um operador que prefere não ser identificado também acredita que o dólar caiu ante o real em função principalmente do exterior, com a moeda devolvendo altas anteriores e podendo seguir o movimento externo depois de oito sessões consecutivas - completadas nesta quinta-feira - sem atuação do Banco Central no mercado cambial.

No entanto, ele diz acreditar que o mercado pode continuar volátil nos próximos dias. "O mercado está bem nervoso e com bastante volatilidade. Qualquer notícia mais negativa pode fazer o dólar voltar a subir", completou.

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