O ambiente internacional menos tenso favoreceu a queda de 1,03% do dólar à vista, que fechou cotado a R$ 3,9929 nesta terça-feira (5). Na véspera, o estresse com números negativos na China havia levado a moeda norte-americana a uma alta de 1,88%, com a cotação de volta ao patamar dos R$ 4. A queda desta terça foi atribuída principalmente à redução dos exageros da segunda-feira.
A desvalorização do dólar frente ao real aconteceu na contramão da tendência internacional, uma vez que a moeda americana subiu frente à maioria das moedas de países emergentes e exportadores de commodities. Esse comportamento é explicado, pelo menos em parte, pelo fato de o real ter tido uma das maiores perdas segunda-feira, quando os mercados reagiram aos dados negativos da economia da China.
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Leia a matéria completaA notícia da intervenção governamental na economia chinesa, por meio da injeção de aproximadamente US$ 20 bilhões na economia, melhorou os ânimos nos mercados e favoreceu uma recuperação do real ante o dólar no Brasil.
A divisa norte-americana chegou a esboçar uma alta nos minutos iniciais de negociação, quando atingiu a máxima de R$ 4,0564 (+0,55%), mas perdeu fôlego com o ingresso de exportadores no mercado e se manteve em baixa até o fechamento. Na mínima do dia, a cotação chegou a R$ 3,9906 (-1,09%).
Numa sessão de agenda esvaziada no Brasil e no exterior, o giro de negócios foi limitado. No mercado futuro de câmbio, o dólar para liquidação em 1º de fevereiro era cotado a R$ 4,040 às 17h34, com baixa de 0,82%.
Bolsas europeias fecham em alta após ação do banco central chinês
Os principais índices acionários europeus fecharam em alta nesta terça-feira (5), encerrando uma sessão de grande volatilidade após o tombo das bolsas chinesas na véspera. No final do pregão, o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,62%, aos 358,88 pontos.
Os investidores permaneceram indecisos sobre os próximos movimentos do mercado após o Banco do Povo da China (PBoC, o banco central do país) anunciar uma injeção de 130 bilhões de yuans (US$ 19,9 bilhões) no sistema financeiro.
“Após grandes movimentos de mercado como esses, você tende a abrir espaço para a indecisão e a volatilidade se mantém elevada”, disse Richard Perry, analista de mercado da Hantec Markets.
A medida do BC chinês deu fôlego às ações das empresas mineradoras e tirou as bolsas europeias do terreno negativo. Porém, o receio de maior volatilidade limitou os ganhos ao longo da sessão.
Em Londres, o índice FTSE-100 fechou aos 6.137,24 pontos, alta de 0,72%, após ter subido mais de 1,2% durante o dia. Destaques para os papéis de mineradoras como Glencore e Rio Tinto, que avançaram, respectivamente, 3,51% e 1,94%.
O índice CAC-40 da bolsa de Paris fechou em alta de 0,34%, aos 4.537,63 pontos. A alta, no entanto, foi limitada pelo desempenho dos papéis de energia, que tiveram outro dia ruim na esteira da queda dos preços do petróleo. Technip recuou 4,64% e Total caiu 0,91%.
Na Alemanha, o índice DAX da bolsa de Frankfurt fechou em alta de 0,26%, aos 10.310,10 pontos, com destaque para as ações da Volkswagen, que caíram 3,96% após o Departamento de Justiça dos EUA entrar com uma ação contra a montadora por causa da fraude envolvendo emissões de seus veículos. Já na Itália, o FTSE-Mib fechou na máxima, aos 20.983,24 pontos (+1,20%), beneficiado pelos papéis da Fiat Chrysler (2,64%), que registrou forte aumento na venda de veículos, e da Finmeccanica (3,96%).
Na Espanha, o índice Ibex-35 da bolsa de Madri fechou em alta de 0,24%, aos 9.335,20 pontos. Já o PSI-20, da Bolsa de Lisboa, fechou em queda de 0,30%, aos 5.215,44 pontos.
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