Num dia marcado pela intervenção do Banco Central (BC), que vendeu US$ 630 milhões no mercado futuro, a cotação da moeda norte-americana caiu e fechou no menor nível do mês. O dólar comercial encerrou a quinta-feira (8) vendido a R$ 2,2869, com queda de 1,17%. A cotação é a menor desde 31 de julho, quando o dólar tinha fechado em R$ 2,2824.

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Apesar da queda, o câmbio acumula alta de 11,66% em 2013. Ontem (7), o dólar tinha encerrado o dia em R$ 2,3139, no maior nível desde março de 2009.

Desde o fim de maio, o mercado financeiro global enfrenta turbulências por causa da perspectiva de que o Fed, o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta. o Fed poderá aumentar os juros e diminuir as injeções de dólares na economia global caso o emprego e a produção nos Estados Unidos mantenham o ritmo de crescimento e afastem os sinais da crise econômica iniciada há cinco anos.

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A instabilidade piorou depois de Ben Bernanke, presidente do Fed, ter declarado, em 19 de junho, que a instituição pode diminuir a compra de ativos até o fim do ano, caso a economia americana continue a se recuperar. Se a ajuda diminuir, o volume de dólares em circulação cai, aumentando o preço da moeda em todo o mundo.

Nos últimos meses, o governo tem tomado várias medidas para conter a valorização do dólar. Além de vender dólares no mercado futuro, o Banco Central retirou parte do compulsório sobre as apostas de que o dólar vai cair e eliminou restrições de prazos para que os exportadores financiem antecipações de pagamentos.

A equipe econômica também retirou barreira à entrada de capitais estrangeiros no país. O Ministério da Fazenda zerou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil. Desde outubro de 2010, a alíquota em vigor era 6%. A venda de moeda estrangeira no mercado futuro também ficou isenta de IOF.