O dólar ampliava a queda nesta quinta-feira, após um dia de forte alta. Às 12h31m, a moeda americana era vendida a R$ 2,321 reais, com declínio de 3,33%. Às 11h36m, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tinha alta de 1,37%, aos 36.282 pontos. Ontem, a bolsa caiu 0,88% e o dólar disparou 4,76%, fechando a R$ 2,401.
No exterior, as bolsas de valores dos Estados Unidos abriram em alta e as européias se aproximam do fechamento com ganhos superiores a 1%. Os investidores se animaram com a divulgação do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos no primeiro trimestre - que cresceu menos do que o esperado e mostrou que a inflação permanece sob controle. No Brasil, dados de emprego e de contas públicas foram bem-recebidos. Um dos destaques de alta na Bovespa eram as ações da Embratel, que subiam 4,48%. A controladora Telmex anunciou que mantém a oferta pública e solicitou à Comissão de Valores Mobiliários a continuidade de seu pedido de registro.
"A Telmex comunica que manterá o pedido de registro da OPA junto à CVM até o dia 7 de junho de 2006, independentemente das condições de mercado entre a data deste anúncio e o dia 6 de junho de 2006", afirmou em comunicado.
O risco-país também iniciou em queda esta quinta-feira, marcando 277 pontos centesimais, 1,42% menos do que às 17h45m de ontem (281 pontos). Considerado um dos melhores termômetros da confiança do investidor estrangeiro, o risco aumentou 28,89% do dia 10 de maio até ontem, refletindo o reavaliação dos ativos de países emergentes após a alta dos juros básicos nos Estados Unidos iniciar uma onda de turbulência nos mercados financeiros mundiais.
Até ontem, a Bovespa tinha caído em dez de 11 pregões, acumulando perda de 14,73%. O dólar subiu nove vezes, contabilizando alta de 16,55% no período. Com isso, a moeda americana passou a registrar valorização de 3,27% no acumulado do ano. No dia 9 de maio, o dólar valia R$ 2,06 e, de acordo com muitos analistas, caminhava para um patamar inferior a R$ 2.