| Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Depois de alcançar a máxima de R$ 4,24 no dia, o dólar despencou quase 4% e voltou a ficar abaixo dos R$ 4 nesta quinta-feira, 24, depois de intensas ações do Banco Central (BC), que aliviou em parte os temores dos mercados financeiros com a afirmação do presidente, Alexandre Tombini, de que a taxa de juros não iria aumentar e que o órgão não descarta o uso das suas reservas internacionais para conter o câmbio.

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O dólar recuou 3,73% e chegou a R$ 3,9914 na venda, maior queda diária desde 24 de novembro de 2008 (-5,24%). A moeda norte-americana subiu 2,48% na máxima da sessão, a 4,2491 reais, e recuou 3,98% na mínima, a R$ 3,9810.

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Às 12:08, o dólar avançava 1,44%, a R$ 4,2059 na venda, após subir 2,48%, a R$ 4,2491, na máxima da sessão.

Na mínima, a moeda norte-americana chegou a R$ 4,1456, oscilação negativa de 0,01%, reagindo a rumores de que o BC estaria conduzindo pesquisa de demanda por dólares no mercado à vista. Mas segundo operadores isso não se confirmou e o dólar voltou a subir.

“O mercado está muito difícil. A atuação do BC está confusa, o resultado é que o mercado não sabe o que fazer e opera com essa volatilidade assombrosa”, disse o operador de uma gestora de recursos nacional.

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Abertura

Em mais uma sessão de muito estresse com o cenário doméstico, o dólar à vista bateu na casa dos R$ 4,21 logo na abertura desta quinta-feira e seguiu para a marca de R$ 4,22, refletindo a desconfiança do investidor com uma melhora das crises política, fiscal e econômica. O nervosismo foi acentuado pela deterioração das projeções trazida pelo Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado mais cedo pelo Banco Central.

O BC informou que o câmbio, no cenário de referência, passou de R$ 3,10 para R$ 3,90, maior que o da última ata do Copom, que era de R$ 3,55. A data de corte do relatório foi 18 de setembro. “Neste semestre, o choque de demanda contribui para contrabalançar choques cambiais. A contribuição líquida de choques de demanda e cambiais para inflação deverá ser de -0,50pp”, informou o BC.

Outra notícia ruim é a de que a taxa de desemprego em agosto aumentou para 7,6%, de 7,5% em julho, a maior taxa desde setembro de 2009 (+7,7%). No exterior, as bolsas caem, refletindo a cautela antes da fala da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, no fim do dia (18 horas).