O forte otimismo do mercado mun­­dial – devido ao anúncio de bons resultados trimestrais de em­­pre­­sas americanas como JP Mor­­gan e Intel e a dados positivos so­­bre a economia chinesa – pro­vo­­cou a alta das bolsas e a forte des­va­­lorização do dólar. Aqui no Bra­sil, a moeda americana fechou o pre­­gão de ontem a R$ 1,703, com que­­da de 1,39% no dia. É a menor co­­tação desde 3 de setembro de 2008, quando a moeda valia R$ 1,67.

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou pelo terceiro pregão seguido com pontuação recorde no ano, superando os 66 mil pontos pela primeira vez desde 19 de junho de 2008. O Ibovespa, principal indicador do mercado brasileiro, subiu 2,41%, a 66.201 pontos.

Destaque para as ações da Vale que subiram mais de 4%. Ações de siderúrgicas também dispararam. O motivo veio da China, país que mais importa commodities metálicas no mundo, e que informou um volume recorde de compras externas de minério de ferro.

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Nos EUA, a Bolsa de Nova Ior­­que fechou em alta de 1,47%. O índice local Dow Jones retomou aos 10 mil pontos, marca que havia sido perdida há um ano, devido à crise financeira global.

Expectativas

Carlos Levorin, sócio e gestor da Grau Gestão de Ativos, é um dos profissionais de mercado que vê adiante uma correção de tamanho não desprezível nas bolsas de valores. "O que explica essa euforia toda é a liquidez. Em março, estava todo mundo em pânico, vendo os bancos americanos quebrarem e ninguém via luz no fim do túnel. Quando a economia dos EUA começou a voltar um pouco ao normal, com indicadores um pouco melhores, o mercado voltou a se arriscar", sintetiza Levorin. O gestor vê ações de grandes empresas já sobrevalorizadas. "Tem alguns bancos que precisariam entregar lucros com crescimento de 35% no ano quem, e também no outro, para justificar os preços das ações. Eu acho que dificilmente isso vai acontecer", avalia.

Bancos dos EUA

Entre as principais notícias do dia, o banco JP Morgan Chase anunciou um lucro líquido de US$ 3,6 bilhões no terceiro trimestre contra US$ 527 milhões no mesmo período de 2008. O resultado bateu com folga as previsões de muitos analistas, que previam resultado em torno dos US$ 2,5 bilhões. O mercado aguarda ainda os balanços do Goldman Sachs, Citigroup e Bank of America.

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Ainda no front externo, a Eu­­rostat, a agência europeia de estatísticas, informou que a produção industrial cresceu 0,9% em agosto nos países que fazem parte da zona do euro. Trata-se da quarta alta consecutiva deste indicador. Na comparação com agosto de 2008, a retração é de 15,4%.