O dólar caiu a 1,55 real nesta quinta-feira, perto das mínimas em mais de 12 anos, com a definição do segundo pacote de ajuda financeira à Grécia.
A moeda norte-americana fechou a 1,5553 real para venda, em queda de 0,43 por cento.
A taxa Ptax, usada como referência para contratos futuros e outros derivativos, recuou 0,54 por cento, a 1,5567 real para venda.
A União Europeia ampliará os empréstimos de emergência à Grécia, com juros ainda menores, e costurou com o setor privado o abatimento de parte da dívida do país, de modo a reduzir o peso da dívida sobre a economia e evitar um calote desordenado dentro da zona do euro.
Após o anúncio, no fim da tarde, o dólar caía 0,87 por cento em relação a uma cesta com as principais divisas. O euro subia mais de 1 por cento.
A queda global do dólar aumentou a pressão a favor da valorização do real. Em resposta, o Banco Central (BC) fez dois leilões de compra de dólares, um às 11h56, e outro às 15h38.
"Ele atuou mais para fazer presença, porque foi um movimento generalizado", disse Alfredo Barbutti, economista da corretora BGC Liquidez. "Tanto que não mudou a trajetória."
Barbutti vê espaço para que o dólar caia abaixo de 1,55 real pela primeira vez desde janeiro de 1999, mas disse que isso depende mais do cenário internacional e da repercussão do novo pacote de ajuda à Grécia.
No dia 8 de julho, quando o dólar rondava 1,56 real, o BC anunciou exigências maiores de depósito compulsório sobre as posições vendidas dos bancos.
Barbutti minimizou o impacto da alta de 0,25 ponto percentual dos juros, anunciada pelo BC na véspera e já esperada pelo mercado. Ele disse também que a sinalização de que os juros serão mantidos em agosto deve ter pouca influência sobre o mercado.
"O fato do juro ser 12,5 ou 12,75 não vai mudar muito essa história."
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