O dólar fechou em queda ante o real nesta quinta-feira (22), captando a melhora no ambiente para ativos de risco após dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos sinalizarem que a recuperação da maior economia do mundo segue firme.
A moeda norte-americana caiu 0,30 por cento, para a 1,8536 real na venda. Na mínima, a cotação caiu a 1,8500 real na venda (-0,49 por cento) e na máxima avançou a 1,8660 real (+0,37 por cento).
Segundo o operador de câmbio da Interbolsa do Brasil Ovídio Soares, o dólar "simplesmente" acompanhou a melhora nos mercados internacionais, em meio à alta das bolsas de valores, commodities e de outras moedas, assim como real, ligadas a matérias-primas, como os dólares australiano e canadense.
"A fórmula bolsas mais commodities em alta é igual a dólar em baixa", resumiu.
O apetite por risco teve suporte em dados mostrando que o mercado de trabalho dos Estados Unidos, um dos setores que mais sentiu os efeitos da crise passada, tem sustentado uma recuperação firme.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego no país recuaram ao menor patamar em três anos e meio na semana encerrada em 17 de dezembro, reforçando visões de que a maior economia do mundo está ganhando tração mesmo diante da deterioração global provocada pela crise de dívida na zona do euro.
O operador de um banco nacional dealer notou, no entanto, que o mercado de câmbio ainda está muito vulnerável ao noticiário da Europa, com o sentimento ainda se mostrando frágil.
"De qualquer forma, o risco de o dólar romper o patamar de 1,90 (real) é bem menor, já que o BC (Banco Central) sinalizou que vai atuar se achar necessário", afirmou.