A possibilidade de uma terceira rodada de estímulo monetário nos Estados Unidos derrubou o dólar em todo o mundo nesta quarta-feira, anulando possíveis efeitos de uma intervenção do Banco Central no mercado futuro no Brasil.
A moeda caiu 0,44 por cento, a 1,574 real.
A taxa Ptax --usada como referência para contratos futuros e derivativos-- fechou a 1,5762 real para venda, em queda de 0,07 por cento ante terça-feira.
O mercado repercutiu as declarações do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, admitindo a possibilidade de uma terceira rodada de estímulo monetário caso a economia dos Estados Unidos perca força. Após as declarações, o dólar caía 0,77 por cento ante as principais divisas.
No Brasil, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista e um leilão de swap cambial reverso. A autoridade monetária, no entanto, repetiu o comportamento das últimas operações e não vendeu a oferta integral de papéis, com a colocação de cerca de 38 por cento dos 30 mil títulos oferecidos, ou 563 milhões de dólares.
"(O mercado no Brasil) está só seguindo lá fora. Volta a normalidade", disse o gerente de derivativos de uma corretora em São Paulo, em referência à tendência de baixa do dólar no Brasil por causa dos juros altos e do fluxo positivo.
Em julho, até dia 8, o fluxo cambial ficou positivo em 1,521 bilhão de dólares, informou o Banco Central. No ano, a entrada líquida de dólares no país soma 41,355 bilhões de dólares. No mesmo período do ano anterior, o fluxo era de apenas 2,242 bilhões de dólares.
A queda do dólar mantém acesa a expectativa no mercado por novas medidas do governo para proteger os exportadores. Na véspera, uma fonte da equipe econômica afirmou à Reuters que há estudos sobre possíveis medidas em derivativos.
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