O dólar comercial inverteu a tendência de alta que vinha sendo registrada desde a manhã e passou a operar em queda na tarde desta terça-feira. O novo leilão de compra da moeda promovido BC esta tarde (leia mais) foi insuficiente para interromper a queda. Às 15h34min, a desvalorização era de 0,14% e o valor de venda, R$ 2,1780.
Já o comportamento das bolsas americanas, que neste mês oscilam ao sabor dos resultados das corporações no segundo trimestre do ano, segue influenciando o humor dos mercados globais, inclusive de países emergentes.
Assim, acompanhando a retração de Wall Street (clique e leia) , a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) mantém a tendência de queda desde a abertura e, no mesmo horário, recuava 0,23%, aos 36.058 pontos, com volume de R$ 1,514 bilhão.
Segundo Sidnei Moura Nehme, economista e diretor-executivo da corretora de câmbio NGO, os mercados seguem "titubeantes" e sem tendências efetivas nesta terça-feira devido à ausência de indicadores que possam sinalizar os rumos dos juros americanos, grandes balizadores do humor dos investidores.
As pequenas oscilações, aliadas aos reduzidos volumes de negócios na Bovespa demonstram que os investidores estão cautelosos, à espera da definição sobre os rumos dos juros nos Estados Unidos a partir de agosto. A análise é do responsável pela área de equity sales da corretora Brascan, Rodrigo Aché.
O statement (ata) do Fed (banco central americano), a ser divulgado na próxima semana, será um indicador de pausa ou de seqüência na alta da taxa de juro. Até lá, os investidores de países emergentes vão se manter cautelosos, realizando poucos negócios explicou.
Rodrigo Aché lembrou que a ausência dos investidores estrangeiros da bolsa paulista, cuja presença atrai também investidores nacionais, tem contribuído igualmente para um montante de negócios reduzido.